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Em visita a paróquia romana, Francisco pede que fiéis combatam "necrose espiritual"

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Cidade do Vaticano (RV) – Visitando domingo, 06, a paróquia romana de São Gregório Magno, ao sudoeste de Roma, o Papa Francisco pediu que os fiéis lutem contra o que chamou de “necrose espiritual” e os convidou a escutar a voz de Jesus.

“Todos nós temos dentro de nosso do coração áreas que não estão vivas, que estão mortas. Alguns têm muitas partes mortas no coração, uma verdadeira necrose espiritual”, disse, na homilia da celebração, perante centenas de pessoas.

O Papa pediu que os cristãos sejam capazes de superar o pecado e se abram à “força de dar vida” que vem de Deus. “Convido-os a pensar, um instante, aqui: Onde está minha necrose?”, disse.

Às 16h, Francisco deixou o Vaticano e foi recebido na paróquia por uma multidão que pendurou bandeiras nas janelas e sacadas. Havia pessoas até nos telhados para poder vê-lo se reunir com jovens, doentes e idosos.

A visita começou na Praça em frente da igreja paroquial. Depois de cumprimentar todos os fiéis, o Papa se encontrou com as crianças e jovens no campo esportivo.

Foi a sexta visita do Papa a uma paróquia de Roma, sempre com a intenção de se encontrar com as diferentes realidades sociais do território de sua Diocese. 

Na homilia pronunciada na missa, Francisco mencionou o trecho evangélico da ressurreição de Lázaro, já citado durante a manhã na oração mariana dominical, pedindo que os fiéis "escutem a voz de Jesus".

“Saiam de seus túmulos”, disse o Papa, que convidou os fiéis a descobrir a “parte morta da alma” para poder responder ao chamado de Jesus, como este o fez com Lázaro.

O Pontífice também apresentou aos fiéis a nova edição de bolso dos Evangelhos, que foi distribuída pela primeira vez gratuitamente na Praça São Pedro, durante a oração do Angelus.
Francisco brincou ao mostrar a Bíblia de bolso aos presentes e disse que o formato é ideal para ler “no ônibus, mas quando estiver acomodado, porque senão, precisa vigiar os bolsos!”.

A paróquia de São Gregório Magno se situa no bairro romano de Magliana, criado originalmente em meados do século XIX com a chegada de imigrantes à capital italiana. É uma região popular que durante décadas careceu de serviços básicos.

Esta circunstância, e a especulação urbanística da metade do século XX, deram origem nessa região ao surgimento de movimentos de conscientização e reivindicações sociais.
(CM)

Rádio Vaticano 

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