Como escombros de um sábado de aleluia, veio o véu da ressureição e cobriu a voz do vento, de Luciano do Vale. Os jornais esportivos, agora, são páginas remendadas. Nos garimpos de sua felicidade profissional, tratou a bola e a roda feito um poeta encantado. Agora, o voley, o basquete, o futebol, o tênis e as pistas são desenhos nas estrelas. Em silêncio, num pássaro de aço, em seus múltiplo disfarces, a senhora dos mundos disse para quem já tinha transmitido dez, que não vai ter copa, Luciano. A dor da vida escreveu-se a última página do livro de poema das transmissões emotivas e arrebatadoras de alguém que, com alma, determinação e profissionalismo ensinou ao Brasil que somos feitos para mais de uma bola. Caminhar pela vida é assim. Luciano, um atleta da voz, fez o jogo e a história no dia que se iniciava um novo campeonato nacional. A nós, os perdidos na noite, no vazio dos novos tempos, so nos resta a transformação em semente do agradecer. Última parada numa tarde d
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza