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Brasil: País do futuro

Júlio Lóssio*
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Ao longo dos meus 75 anos, testemunhei e participei de vários movimentos populares. Ainda adolescente, lembro meu pai ouvindo, no rádio de válvulas, as últimas notícias da campanha o petróleo é nosso, no Repórter Esso. Mais tarde, desconfiei do destino do ouro para o bem do Brasil. Já como professor da USP, vivi as Diretas Já. Os palanques tinham líderes de expressão nacional, nos quais o povo confiava, como o saudoso Ulysses Guimarães. Lutava-se pela cidadania plena e mudanças nos destinos do País. Na época, a impressão era que, o futuro sonhado, estava chegando. Ledo engano.

Como o povo sem políticas públicas definidas, foi corrompido, desorganizou-se e passou a lutar contra políticos, partidos ou colonizadores financeiros. Primeiro caiu Collor. A seguir os muros pichados: Fora FHC, Fora FMI, Fora Lula, Fora Dilma, Fora PT. Agora, os palanques são ocupados por desconhecidos, jovens caras pintadas. Todos, rostos anônimos, verdadeira massa de manobra de oportunistas, que buscam se perpetuar no poder. No País, há décadas, os diversos níveis de governo, ressuscitaram Joseph Gobbeles, que permanentemente assumiu os "ministérios da propaganda".

Produziram vídeos, mostrando que a saúde, educação, segurança e infraestrutura vão às mil maravilhas. Felizmente, a imprensa nos acorda e mostra a realidade. Pessoas morrendo em filas nos hospitais, o SUS falido, a educação indo a pique, infraestrutura em colapso. A conclusão óbvia é: estamos sem líderes, sem ética e sem políticas discutidas e aprovadas pelo povo. Novamente queremos trocar, seis por meia dúzia. Quando chegaremos ao futuro?

*Odontólogo e menbro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza

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