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Dia Mundial dos Direitos Humanos: dossiê da Caritas sobre migração

Dossiê traz dados e testemunhos sobre o fluxo migratório . (IRIN/Maria Font de Matas)
Roma - A Caritas Italiana publicará, no próximo dia 10, Dia Mundial dos Direitos Humanos, o dossiê “Acesso proibido. Fluxos migratórios e direitos negados”. A data recorda a adoção e proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, pela ONU.
O texto contêm dados e testemunhos sobre o fluxo migratório e recorda que o direito de migrar e o de permanecer são negados por uma parte ampla da população mundial. A migração nem sempre é ditada pela guerra e pela pobreza e os países subdesenvolvidos são também terras de destino e refúgio de grande parte das pessoas que fogem. 
Um emaranhando de causas e fluxos muito mais complexos do que normalmente é representado: movimentos internos e rumo ao exterior, regulares e irregulares, voluntários e forçados, circulares ou definitivos.
A África, cujo dossiê é dedicado, é um emblema de tudo isso. A migração da África é um fenômeno em aumento. Além disso, as destinações estão sofrendo uma diversificação geográfica notável. De 1980 a hoje, o número de migrantes africanos triplicou: de 5 milhões e 500 mil para 16 milhões em 2015. Os corredores migratórios seguidos pelos africanos são diferentes e abrangem quase todas as regiões do mundo. Segundo as últimas estatísticas, migração da África rumo à Ásia é o que cresce mais: 4,2% de pessoas a mais por ano (2 milhões de pessoas a mais em 2015). 
Na Europa, o comportamento cultural e político de medo e fechamento é uma contradição com essa complexidade e termina por aumentar ao invés de curar a lesão dos direitos fundamentais das pessoas que migram e das que permanecem, não permitir a circulação natural da migração e o desenvolvimento humano dos países empobrecidos.
Uma mudança de rota é necessária para nos reconhecer novamente como cidadãos do mesmo mundo. Sem acesso proibido.

Rádio Vaticano

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