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Mostrando postagens de março 26, 2016

PÁSCOA E O CALVÁRIO DA HUMANIDADE

Padre Geovane Saraiva* O Deus que morreu na cruz assume o sofrimento das pessoas e do mundo inteiro. Contemplamos um Deus humilhado e desfigurado, sofrendo conosco e entrando em nossas dores e angústias, desejando-nos uma única coisa: desmanchar a montanha da autossuficiência, do preconceito, do egoísmo e do orgulho, surpreendendo-nos como Deus encarnado na História, no seu imenso amor, redentor e libertador, que humanamente é inadmissível. Somos convidados a meditar sobre a inexprimível grandeza de um Deus que entra em cheio nos nossos sofrimentos, dizendo-nos que participa das nossas misérias e calvários. Não é um Deus que está longe, à margem do mundo e da criatura humana. Ele nos convida, a partir de seu calvário e de sua morte de cruz, a uma generosa entrega e oferece tudo de que precisamos nos dando também a força e a luz, indispensáveis para prosseguirmos com segurança na construção do nosso futuro definitivo. Deus quer o compromisso de fé, ético e profético, dos cr

PONTUAÇÃO: ESBOÇO HISTÓRICO

José Olímpio de Sousa Araújo* A pontuação começa bem antes dos manuscritos em pergaminhos. Vem da longínqua época de inscrições em pedras, túmulos, árvores e outros materiais duros (daí o termo ‘literatura’ para designar a arte da palavra). O Prof. João Henrique, em Pontuação na escrita — sua história e emprego é que nos explica: “A palavra pontuação provém do verbo latino ponctuare. Este verbo tem sua origem no vocábulo ponctum, que significa pequeno buraco feito com o ponteiro (ponta do estilete que servia para abrir as letras nas tábuas de cera, quando escreviam). [...] Etimologicamente, pontuação significa: ação de pontuar. Ora pontuar quer dizer: empregar corretamente os sinais de pontuação nos escritos. [...]  “Na antiguidade a escrita era, geralmente, feita com letras todas maiúsculas e a igual distância umas das outras. Então o ponto tornava-se necessário para separar as palavras e distingui-las bem.” [...] “Convém advertir que, sobretudo nas inscrições murais

PAPA CODENA TERRORISMO E CORRUPÇÃO

  domtotal.com Francisco rezou pelos idosos, pelas pessoas com deficiência e pelas crianças desnutridas. Francisco citou as pessoas que trabalham para tornar o mundo melhor. O papa Francisco condenou na sexta (25), durante oração após a cerimônia da Via Sacra, o fundamentalismo, o terrorismo, as guerras e os corruptos. Ele também denunciou a destruição do meio ambiente, em detrimento das futuras gerações, e os mares que se tornaram "cemitérios insaciáveis". No Coliseu de Roma, o papa rezou pelos idosos abandonados, pelas pessoas com deficiência e pelas crianças desnutridas. Como sinal de esperança, Francisco citou as pessoas que sonham "com um coração de criança" e que trabalham para tornar o mundo um lugar melhor, mais humano e mais justo. Ao longo da tarde desta sexta-feira, dezenas de milhares de pessoas entraram no Coliseu, depois de terem passado por fortes controles de segurança. O evento recria o caminho feito por Jesus, ao carregar a cruz d

CALOR RECORDE É PROVOCADO POR AÇÃO HUMANA

   domtotal.com O ano passado foi o mais quente desde que os registros começaram a ser feitos. "A mudança climática é real, é causada pelo homem e não é mais sutil". Por Alister Doyle OSLO - A série de anos de calor extremo com quebra de recordes a partir de 2000 quase certamente é sinal de um aquecimento causado pelo ser humano, e diminuem as chances de que tenha sido resultante de mudanças aleatórias e naturais. O ano passado foi o mais quente desde que os registros começaram a ser feitos, no século 19, e mostra uma tendência que quase todos os cientistas atribuem aos gases de efeito estufa oriundos da queima de combustíveis fósseis, provocando ondas de calor, secas, chuvas intensas e aumento do nível dos mares. "É extremamente improvável que a sequência de temperaturas recordes observadas recentemente tenha ocorrido na ausência do aquecimento global causado pelo homem", escreveu uma equipe de especialistas liderada pelos Estados Unidos no periódico Sc

ESTUDO DESBANCA MITO DOS 'MIL AMIGOS'

   domtotal.com O número máximo de pessoas com as quais podemos ter relações sinceras gira em torno de 150. Limite estaria ligado ao tamanho de nosso cérebro. Ao contrário da crença popular, as redes sociais online não nos permitem ter mais amigos - é o que revela um estudo publicado na revista da Royal Society Open Science. O número máximo de pessoas com as quais nós podemos ter relações sinceras e fortes gira em torno de 150. Este valor foi definido pelo britânico Robin Dunbar, também autor do estudo, e estaria ligado ao tamanho de nosso cérebro. No limite fisiológico, somam-se restrições de tempo para manter amizades verdadeiras e duradouras. Assim, o conhecimento pode ser classificado por nível de afinidade: amigos, melhores amigos, bons amigos, amigos, conhecidos e, finalmente, as pessoas que conhecemos de vista. De acordo com o estudo, os grupos foram avaliados e consistem, respectivamente, de 5, 15, 50, 150, 500 e 1.500 pessoas. "Os amigos (estimados em 15

VIVER A PAIXÃO

  domtotal.com Falar da Paixão de Cristo me faz pensar nas nossas paixões. Tudo bem que na tradição cristã elas já se referiam aos afetos humanos, mas no senso comum designam outra coisa. E quem nunca viveu uma grande paixão? No grego, a palavra pathos significa sofrimento, afetação. Quando se fala em sofrer a ação de algo, fala-se de estar passível a ela, estar submetido ao seu poder. Talvez por isso paixões designem os sentimentos humanos, porque são eles que nos movem. Alguém sem sentimentos, apático, é inerte, sem ação. Pessoas assim parecem não serem tocadas por nada. Já as pessoas ditas apaixonadas são afetadas por tudo com o que se relacionam, têm seus sentimentos suscitados e, por isso, expressam mais vida. Nesse sentido, a paixão é um afetar-se pelo outro que move com toda a sua existência. Por sua vez, a paixão de Cristo recebe seu nome não tanto pela dor que ele atravessou, mas pelo seu sentir e implicar-se com toda a vida humana. Se somos marcados pela finitud

É LEGAL DIVÓRCIO SEM AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

  domtotal.com O ministro Marco Buzzi, do STJ, o Novo Código de Processo Civil não mantém mais a exigência. No entendimento dos ministros do STJ, a audiência não era necessária. A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal acordo de divórcio feito sem a realização de audiência prévia de conciliação entre as partes. A decisão confirma o entendimento de primeira e segunda instâncias. Os ministros lembraram que a questão já foi debatida no STJ e que, desde a edição da Lei 11.441/07 (lei que possibilitou divórcios, partilhas e inventários feitos de forma administrativa), casos semelhantes têm entendimento pacífico na corte. A controvérsia no caso analisado diz respeito à filha do casal. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a audiência deveria ter ocorrido para preservar os direitos da menor de idade. Ao recorrer para o STJ, o MPMG buscou anular o acordo homologado pelo juiz de primeira instância. Celeridade No entendimento dos mi

VIVER A CAMPANHA DA FRATERNIDADE

   domtotal.com A questão ecológica passa obrigatoriamente pela mudança de consumo. Que fique ressoando em nossa consciência o lema: Casa comum, nossa responsabilidade. Por Dom Rodolfo Luis Weber * A Campanha da Fraternidade, por sua natureza, tem um tempo limitado e está se encerrando. Isto não significa que o assunto tenha se esgotado e que foi resolvido. Olhando para o passado percebe-se que as campanhas proporcionaram conhecimento, criaram consciência e, principalmente, suscitaram ações. Nesta semana tive a oportunidade de ouvir duas palestras sobre o saneamento básico. Uma proferida pelo presidente da CORSAN e outra por um especialista em Direito Ambiental. As duas confirmaram a urgência do problema e que temos muito a fazer, tanto da parte do poder público como da parte de cada pessoa. Nenhuma das partes pode-se colocar na condição de atirar a primeira pedra e de condenar a outra. Ambas as partes precisam fazer um exame de consciência, assumir a culpa e, a partir daí,

FILME E LIVRO CELEBRAM A ARTE DE 'TIO JOE'

domtotal.com O lançamento de 'Cemitério do Esplendor' e do livro 'Apichatpong' engrandecem o autor tailandês. O filme trata de soldados vítimas de uma misteriosa doença do sono. São belos e misteriosos, os filmes de Apichatpong Weerasethakul. Basta citar Mal dos Trópicos e Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas para que o espectador - o cinéfilo - seja transportado a um mundo de sonho. Em sucessivas entrevistas - e em Cannes, no ano passado, num encontro para falar de Cemitério do Esplendor, que estreou na quinta, 17 -, o autor tailandês disse sempre ao repórter que sonha muito e que seus sonhos compõem uma parcela orgânica de sua vida. "Me parecem mais verdadeiros que a própria realidade. E são, com certeza, mais narrativos", ele brinca. Sonhos narrativos? Estão na contramão do cinema de Apichatpong, conhecido no universo do cinema de autor e das artes visuais como ‘tio Joe’. Cemitério é mais uma prova, como se necessária fosse. O film