Julio Joege Lossio* Maria Certa vez em Nova York, andava distraído pela 5a Avenida, quando de repente esbarrei numa jovem e os pacotes que ela levava caíram, se espalhando pela calçada. Imediatamente, comecei a ajudá-la a apanhar suas compras. Antes de balbuciar meu pedido de desculpas, nossos olhares se cruzaram e fiquei petrificado ao perceber, que a jovem era Maria. De pé, só nos olhávamos, pois não conseguíamos articular as palavras. O mesmo corpo escultural, vestido de forma elegante, simples e sem a ostentação que podia dar ao seu vestuário. As visões do passado começaram a passar na minha mente, projetadas por ”seus olhos castanhos de encantos tamanhos”, que nunca pude esquecer. Nosso primeiro encontro, e o nascer de uma empatia, que logo pela convivência de trabalho se transformou em paixão avassaladora e crepitante. Vivíamos como podíamos o presente e já falávamos de futuro, entre beijos e carícias que nos excitava, mas sabíamos conter nossos impulsos carnais, por respeito
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza