Grecianny Carvalho Cordeiro* Li O Quinze, o romance de estreia de Rachel de Queiroz, na adolescência. Na época, tudo parecia muito confuso, muito trágico, muito descolorido para uma alma adolescente tão cheia de cores dos mais diversos matizes. Ademais, não me sentia capaz de compreender aquela realidade sertaneja retratada com tamanha riqueza de detalhes, pois os olhos de garota nascida e criada na capital, não eram capazes de enxergar a magnitude daquela obra literária tão badalada e aclamada. Naquela época, ler um clássico da literatura brasileira, da lavra de uma escritora lendária como Rachel de Queiroz, parecia suficiente. Hoje, relendo o livro O Quinze com os olhos maduros, com a experiência de anos vividos no interior do Ceará, me deparei com um livro lindo e extraordinário. Foi como se o paraíso tivesse descortinado diante de mim. A metáfora pode ser exagerada, mas reflete o sentimento que a invoca. O r
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza