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Palestra aborda saúde, comportamento e riscos para o desenvolvimento infantil

A palestra será voltada a estudantes e profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social, além de pais e familiares de crianças que se encontrem dentro da faixa da primeira infância

Foto: Ariel Gomes e Tiago Stille / Governo do Ceará
O evento Saúde na Primeira Infância: Intervenção Precoce com bebês e seus Cuidadores, com realização do grupo interdisciplinar ProCria, acontece sábado (29), em Fortaleza. A palestra é voltada a estudantes e profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social, além de pais e familiares de crianças que se encontrem dentro da faixa da primeira infância.

O psicólogo e psicanalista da Universidade Federal do Ceará (UFC), Daniel Franco fará a mediação da palestra, que contará também com psicanalista Daniele de Brito Wanderley, profissional do estado da Bahia. Daniele Wanderley traz esclarecimentos sobre o uso de protocolos específicos, IRDI (Brasil) e PREAUT (França), que auxiliam na detecção e na intervenção precoces junto a riscos para o desenvolvimento infantil, incluindo o risco para autismo, problemas da fala, da oralidade, da motricidade etc. Além disso, a convidada debaterá sobre achados em psicopatologia relacionados ao período da primeira infância.

No Ceará, podemos mencionar o Programa Mais Infância Ceará, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (PADIN) e o Programa Cresça com o seu Filho, todos custeados com recursos públicos, federal, estadual e municipal, além de contarem com a perspectiva de investimentos de outras fontes, do Banco Mundial, por exemplo.

Primeira Infância
Segundo Daniel Franco, a primeira infância se refere a crianças na faixa etária de 0 a 6 anos. O período de 0 a 3 anos é chamado de primeiríssima infância.  Para o psicólogo, os investimentos e atenção com as crianças cresceram, mas ainda não são  suficientes. "Embora não se trate ainda do ideal, observamos o nascimento de ações, políticas públicas e programas relacionados a algumas das necessidades da primeira infância, nas áreas de saúde, educação, alimentação, saneamento, emprego, moradia, segurança, proteção”, afirma Franco.
A primeira infância não deve ser vista somente como uma responsabilidade materna. Esses cuidados não necessariamente devem se prender a figura da mãe biológica. Segundo pesquisa da Organização Mundial do Trabalho (OMT), há vantagens para o bebê no que diz respeito a maior participação e envolvimento da figura paterna na ocasião do nascimento da criança. De acordo com Franco "a participação ativa desse pai, desde um primeiro momento, quando ele irá dividir os cuidados com a criança com outros cuidadores, inclusive substituindo a mãe quando necessário, é muito importante. Cabe ainda ao pai, por exemplo, agir como um escudo-protetor da dupla mãe-bebê, além de exercer a função de interdição de alguns comportamentos da criança ou mesmo apresentar para ela o mundo", completa.

Tecnologia na Infância
Hoje é comum para crianças. ainda na primeira infância, o uso de tablets, smartphones e outros eletrônicos. São muitos os atrativos, seja para assistir desenhos, vídeos do youtube ou para jogar. Muitos pais se preocupam e acreditam que o uso desses dispositivos pode via a prejudicar o desenvolvimento da criança. Para Franco, os riscos existem, sobretudo se a criança faz uso excessivo dos equipamentos, podendo resultar em situações como a exposição precoce à violência, o isolamento social, prejuízos na capacidade de experimentar a empatia, sedentarismo, obesidade, lesões nas articulações, distúrbios oculares etc.

De acordo com o psicólogo, as crianças podem utilizar tais ferramentas tecnológicas contanto que haja controle e moderação. "São também reconhecidas vantagens no uso de eletrônicos por parte das crianças, desde que o uso seja moderado, responsável e mediado pelos seus cuidadores. Os limites devem ser sempre negociados entre pais, responsáveis, familiares e filhos. Assim, ganhos e aquisições como o raciocínio lógico, a coordenação motora, a criatividade, a fantasia, a organização, a disciplina e o planejamento são visíveis" explica.

Também se considera que o uso de alguns jogos eletrônicos reforçam atitudes solidárias e cidadãs e mesmo os jogos competitivos apresentem algumas vantagens, pois auxiliam no desenvolvimento da capacidade de lidar com vitórias, derrotas, perdas, fracassos e frustrações. Franco faz a seguinte advertência: "deve-se ressaltar que pais, responsáveis e familiares, enfim, os cuidadores em geral, não devem encarar jogos, equipamentos eletrônicos ou outros meios de entretenimento como formas de se desresponsabilizar por longos períodos de suas crianças, transferindo assim a responsabilidade pelos seus cuidados. Os jogos eletrônicos não devem ocupar tanto espaço quanto a família e a escola na vida da criança e, se isso acontece, pode ser sinal de que a família e a escola estejam em prejuízo em seu papel.

Serviço
Palestra Saúde na Primeira infância
Local:Teatro Nadir Papi Saboya
29/04, 8h 30min às 12h 30min
Colégio Farias Brito - Sede FB Jovem Aldeota
Rua 8 de setembro, 1331 - Varjota
procriafortaleza@hotmail.com
(85)9 8879-2554 (85)9 9689-2554 (85)9 9984-0740 (85)9 9662-9636

Boa Notícia

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