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Usar caixas de papelão como berço ajuda a garantir sono seguro para bebês, diz estudo

Caixas de papelão desenvolvidas para servirem como berço diminuem riscos para os bebês, diz estudo (Foto: Reprodução/Facebook/Baby Box Company)
Quando mães recebem caixas de papelão especialmente desenvolvidas para servirem como berço nos primeiros meses de vida do bebê, isso reduz o risco de adotarem o hábito perigoso de colocar o recém-nascido para dormir na cama dos pais, segundo um novo estudo.
Compartilhar a cama com o bebê é um fator de risco para a síndrome da morte súbita em bebês, de acordo com a Academia Americana de Pediatria (AA). A AAP recomenda que o bebê durma no mesmo quarto, mas não na mesma cama, para um sono mais seguro, assim como usar um colchão firme, amamentar, colocar o bebê para dormir de barriga para cima, manter a caixa-berço livre de cobertores, travesseiros ou outros itens macios, e evitar a exposição a cigarro, álcool e outras drogas.
Uma pesquisa anterior com 1,2 mil novas mães, liderada pela médica Megan Heere, do Hospital da Universidade Temple, na Filadélfia, descobriu que mães que recebem orientações sobre o sono dos bebês no hospital têm um risco menor de compartilhar a cama com os bebês, mas aquelas que não tinham um lugar adequado para o bebê dormir tinham um risco maior de adotar a prática perigosa.
Megan Heere e sua equipe desenvolveram, então, um programa chamado Orientações sobre o Sono para a Família na Temple (SAFE-T, na sigla em inglês). O programa incluía orientações por enfermeiros e o fornecimento de um caixa de papelão especialmente desenvolvida para servir como berço, além de fraldas, lenços, roupas e outros utensílios para bebês.
 
Os pesquisadores avaliaram 2.763 mães e seus recém-nascidos liberados pelo hospital entre 2015 e 2016. Três dias depois de terem saído do hospital, elas foram questionadas sobre o ambiente de sono do bebê. Os pesquisadores compararam as respostas à pesquisa obtidas antes e depois da introdução do programa e da distribuição de caixas de papelão.
Na Reunião das Sociedades Acadêmicas de Pediatria, em San Francisco, Heere relatou que, antes da introdução do programa SAFE-T, 6,5% das mães relataram compartilhar a cama com os bebês, comparado a 4,7% após a introdução das medidas.
Para mães que amamentavam seus bebês com exclusividade, a parcela que compartilhava a cama era de 11,3% antes e passou a ser de 5,9% depois do programa. Das mães que amamentavam com exclusividade, 59% afirmou que a caixa tornou o processo mais fácil.
Esse tipo de caixas para bebês tem sido distribuído para todas as mães na Finlândia desde a década de 1930.

G1

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