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NATAL 2017

Grecianny Carvalho Cordeiro*
Caro leitor, permita-me aqui reproduzir um artigo de minha autoria, outrora publicado. Por uma simples razão: quase nada mudou.
“Celebramos o Natal. 
A ceia de Natal foi organizada. Escolhemos a casa de um familiar para a confraternização, embora o escolhido necessariamente não ficasse satisfeito em ceder sua casa, receber tanta gente e depois ainda ter de arrumar a sujeira. O peru foi comprado, apesar do preço exorbitante ou, diante da impossibilidade, optou-se mesmo pelo chester. Presentes e pequenas lembranças foram compradas, mesmo para aquele parente que a gente passa o ano inteiro falando mal e evitando encontrar, afinal, é Natal, é tempo de reconciliação, nem que seja apenas da boca pra fora. Comida, bebida, presentes, ressaca no dia seguinte, tudo conforme manda o melhor figurino.
No Natal, aproveitamos a ocasião para fazer uma caridade e entregar alguns brinquedos para aquelas crianças carentes que lotam os semáforos nessa época do ano. Claro, no Natal também aguardamos ansiosos pelo nosso presente, aquele objeto de consumo desejado no decorrer do ano e que não pudemos comprar, esperando a ocasião certa para comprá-lo sem dor na consciência em razão do preço, pois é Natal e a gente merece. 
Celebramos o Natal, em grande ou pequeno estilo, com alegria ou com tristeza, mas o fato é que a maioria das pessoas esqueceu por completo o aniversariante e o verdadeiro significado do Natal. 
Natal passou a ser sinônimo de peru, papai Noel e compras. Nada mais.
Há pouco mais de dois mil anos atrás, Jesus Cristo nasceu, cresceu, foi perseguido, morreu na cruz, é personalidade de reconhecida importância em todo o mundo, entre vários povos, raças, religiões e credos, porém, até hoje, poucos lhe deram a devida e justa relevância.
Aqui não se fala de credo, religião ou raça. Aqui não se fala daqueles que vão assiduamente à missa ou que frequentam cultos, sejam de que religião for. Aqui também não se fala daqueles que dão esmolas nas ruas e se comportam de maneira politicamente correta.
Então foi Natal. 
Quem aproveitou a ocasião para rever alguns conceitos e tentar corrigir alguns erros futuros. Ótimo! 
Quem fez aquele reexame de consciência e pensou um momento sequer no ilustre aniversariante e na maravilhosa mensagem que deixou para a humanidade. Maravilhoso! Quem apenas comeu, bebeu e distribuiu presentes. Muito bem!
Desculpe o excesso de uso da palavra Natal nesse texto, mas Natal é Natal”.


*Promotora de Justiça

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