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Mostrando postagens de janeiro 8, 2017

Prisões Brasileiras

Grecianny Carvalho Cordeiro* No primeiro dia do ano de 2017, duas facções criminosas entram em conflito e dão início a uma sangrenta rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, culminando com a morte brutal de 60 presos. Além disso, mais de uma centena de presos conseguiu fugir. Essa foi a segunda maior chacina em um estabelecimento prisional, depois do Massacre do Carandiru, em 1992. O Massacre no Compaj serve para mostrar o que todos nós sabemos e fingimos não saber e, em especial, o que o Estado brasileiro, a União e as Unidades Federadas sabem e fingem não saber, porque não quer e não se importa. No Brasil, as prisões continuam com os mesmos problemas de décadas atrás: superpopulação carcerária, más condições dos presos, péssima infraestrutura, dentre outras mazelas. No entanto, no Brasil de hoje, a problemática penitenciária se agrava em virtude da infiltração e do domínio do crime organizado, por meio de várias facções criminosas, a

Atlas Histórico-Brasil 500 anos tem nova versão, 18 anos após primeira edição

Atlas Histórico Brasil 500 Anos tem nova versão - Foto Divulgação CPDOC/FGV)  Foto Divulgação CPDOC/FGV) Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil O estudo da história do Brasil ganhou um atrativo com informações em vários formatos. Agora, os interessados podem utilizar a nova versão do  Atlas Histórico. Brasil 500 anos , lançada 18 anos depois da primeira edição, publicada pela revista  IstoÉ , e ainda,com uma facilidade: todo o conteúdo elaborado por uma equipe de pesquisadores da Escola de Ciências Sociais (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas (FGV), pelo jornalista e tradutor Bernardo Joffily e pela professora de história da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Mariana Joffily. A nova versão está disponível na  internet, . Entre as pesquisas e a elaboração, o projeto levou três anos. As informações se referem a períodos antes do descobrimento do Brasil, às navegações portuguesas, à Nova República e seguem até o segundo governo Lula, que foi a fase fin

Mortalidade por câncer cai 25% em 25 anos nos Estados Unidos

A mortalidade por câncer de mama diminuiu 38% entre 1989 e 2014. (AFP) A mortalidade por câncer nos Estados Unidos caiu 25% desde 1991, quando experimentou um pico, uma redução equivalente a 2,1 milhões de mortes a menos neste período, de acordo com o relatório anual da American Cancer Society (ACS), publicado nesta quinta-feira. Este declínio acentuado no número de mortes causadas por esta doença se deve, principalmente, a uma queda constante do tabagismo, combinada aos avanços médicos na detecção precoce de tumores e no tratamento. O relatório aponta uma queda acentuada da mortalidade ligada a quatro tipos de câncer. A associada ao câncer de pulmão caiu 43% entre 1990 e 2014 entre os homens e 17% entre 2002 e 2014 entre as mulheres. A mortalidade por câncer de mama diminuiu 38% entre 1989 e 2014. O declínio foi ainda mais significativo no câncer de próstata, que caiu 51% de 1993 a 2014, e no colorretal, que também diminuiu 51% entre 1976 e 2014 em ambos os sexos. De aco

Ficção científica 'Passageiros' investe no lado romântico

Cena do filme "Passageiros", de Morten Tyldum ("O Jogo da Imitação"). (Divulgação) Por Alysson Oliveira Se “Passageiros”, de Morten Tyldum (“O Jogo da Imitação”), tivesse a coragem de se assumir como a ficção científica que se anuncia, talvez fosse menos problemático do que o drama romântico que é. A premissa é boa, embora já explorada com mais competência em dezenas de filmes e romances do gênero. Sujeito perdido e sozinho no espaço. O que fazer? Não muito tempo atrás, Matt Damon, em “Perdido em Marte”, plantou batatas até chegar o resgate. O personagem de Chris Pratt, Jim Preston, está numa situação semelhante, ainda que não precise produzir sua própria comida. Numa nave generacional (que viaja numa velocidade menor do que a da luz e vai levar mais de um século para chegar ao seu destino), ele acorda da hibernação muitos anos antes de concluída a viagem, quando a câmara onde dormia sofre uma pane. O que fazer em uma nave que mais parece um hotel de l

O legado de Ferreira Gullar

Gullar era anárquico, contemplativo e sensível. (Divulgação) Por Pedro Zambarda Na ocasião da morte de Clarice Lispector, em 9 de dezembro de 1977, Ferreira Gullar escreveu a seguinte poesia: “Enquanto te enterravam no cemitério judeu / do Caju / (e o clarão de teu olhar soterrado/ resistindo ainda) / o táxi corria comigo à borda da Lagoa / na direção de Botafogo / as pedras e as nuvens e as árvores / no vento mostravam alegremente / que não dependem de nós”. E hoje, na ocasião da sua morte, cinco dias antes do aniversário do falecimento de Clarice, eu releio os mesmos versos. Gullar era anárquico, contemplativo e sensível. Comecei a escrever ficção quando tinha oito anos num caderno que tinha em Santos na companhia dos meus pais. Mas foi um professor de literatura no colegial com os livros de Carlos Drummond de Andrade e Ferreira Gullar que me mostraram o poder das palavras, que possuem um profundo significado quando colocadas no papel. Cada um delas. Diferente de Fern