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Bondade de Elton John: “Façam do Papa Francisco um santo”!

Papa Francisco
Padre Geovane Saraiva*
Nosso querido Papa Francisco, nas palavras de alegria, gratidão e esperança, ao receber em audiência o Arcebispo Metropolitano de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, em 31 de outubro de 2014, que renovou o convite para visitar a Capital Federal em 2017, dentro do contexto do jubileu dos 300 anos da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, a qual foi encontrada no ano de 1717, nas águas do rio Paraíba do Sul. Neste sentido, como resposta do Vigário de Cristo, Dom Sérgio ouviu nas três palavras: “Alegria por sentir o afeto por parte do povo e do episcopado brasileiro, gratidão pelo convite e, por fim, a esperança que ele mesmo demonstrou de concretizar a visita”.

Esperança parece ser a tônica do seu profícuo pontificado, quando afirmou na manhã do mesmo dia: “O amor abre as portas da esperança e não o rigor da lei”. Também alegra-nos e enche-nos de esperança as palavras da figura emblemática e planetária de Elton John, ao elogiar empolgadamente o Bispo de Roma em 29 de outubro 2014: “Ele é um homem amável e compassivo, que quer que todo mundo seja incluído no amor de Deus; o Papa Francisco está quebrando as barreiras da Igreja Católica”, disse ao público durante a edição 2014 do evento Elton John AIDS Foundation, que foi realizado em Nova Iorque, na qual o célebre cantor e gênio da música internacional pronunciou um discurso marcado pela generosidade, que logo teve enorme repercussão. Na ocasião, John pediu para que o Papa Francisco fosse reconhecido imediatamente como santo: "Há dez anos um dos maiores obstáculos para o combate à sida era a Igreja Católica e hoje temos um Papa que questiona isso" e finalizou com a feliz expressão: “Agora façam imediatamente desse homem um santo”!

Sem esquecer o trinômio terra, moradia e trabalho, palavras saídas da boca abençoada do Santo Padre e dirigidas às lideranças dos movimentos populares, que concluíram no dia 29 de outubro de 2014 um encontro inédito, convocado a pedido do Santo Padre, que causou inaudito eco: “Estar ao lado dos pobres é Evangelho, não comunismo”, palavras que nos fazem lembrar da célebre frase de Dom Helder Câmara: "Se eu dou comida a um pobre, me chamam de santo, mas se eu pergunto por que ele é pobre, me chamam de comunista”. Também são oportunas as palavras do pastor dos empobrecidos: “Ai do mundo se não fosse a utopia, ai do mundo se não fossem os sonhadores”, ao ser acusado de demagogo, sonhador ou outro cavaleiro andante.

 É missão de todos nós colocarmos bem no centro da nossa existência a esperança, na certeza de que, a partir da mesma, a humanidade saiba perceber que é chamada a olhar para frente, de recordar e ter diante dos olhos e no âmago do coração a promessa do próprio Deus feita a Abraão: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrarei” (cf. Gn 12, 1).  Daí a exortação do apóstolo Pedro, quando nos deixa clara a razão da nossa esperança, que se deve mostrar ao mundo (cf. 1Pd 3, 15), tão viva e presente no Papa Francisco.

O que é esperança para nós cristãos? É a mais absoluta certeza do caminho certo, de que o mundo necessita de homens e mulheres com espíritos imbuídos desta virtude teologal, que no dizer do Santo Padre, o Papa Francisco, na catequese de 29 de outubro de 2014, significa: “Quando se olha Cristo não se erra”. E aqui me recorda a assertiva do apóstolo dos gentios: “Esperança, com efeito, é para nós qual âncora da alma, segura e firme, penetrante para  além do véu, onde Jesus entrou por nós, como precursor, feito  sumo sacerdote para a eternidade, segundo a ordem de Melquisedec” (cf. Hb 6,19-20).

Esperança, que seja a palavra de ordem, a qual nos protege de todo mal e de todo desânimo, além de ser alento diante do sofrimento e esmorecimento; que permanentemente saibamos dar a devida importância, considerando-a um símbolo sólido de firmeza, força, tranquilidade e fidelidade, de tal modo que por meio dela, quando surgirem tempestades, possamos sempre mais nos colocar no caminho seguro e duradouro da existência humana. Quem sabe esperar no Senhor, jamais irá passar pelo perigo de ver seu barco naufragar. “O cristão deve ter paixão pela esperança” (Papa Francisco).
Assim seja!

Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, colunista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com

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