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Após apelo de Francisco, religiosas italianas abrem estruturas a refugiados

014-12-29 Rádio Vaticana


Roma (RV) - Casas religiosas existentes na Itália começaram a abrir suas estruturas aos refugiados, após apelo do Papa Francisco durante visita, em setembro de 2013, ao Centro de Acolhida Astalli, administrado pelos jesuítas: "Os conventos vazios - disse o Papa naquela ocasião - não sevem à Igreja para transformá-los em albergues e ganhar dinheiro, mas são para a carne de Cristo que são os refugiados". A Rádio Vaticano conversou na véspera de Natal com a Superiora Provincial das Irmãs de São José de Chambery, Irmã Maria Cristina Gavazzi:
RV: As palavras do Papa foram acolhidas por diversas comunidades religiosas, que dispunham de estruturas vazias também devido à queda nas vocações...
"Eu diria que isto é um sinal decisivo. Temos consciência de que simplemente acrescentamos uma gota no mar, abrindo as portas de nossa estrutura em Roma. No complexo da Casa provincial acolhemos três refugiados, a pedido do Centro Astalli. São três jovens provenientes de Gana. É apenas uma gota no oceano, mas estou mais do que convencida de que isto é um início. Os refugiados foram acolhidos na casa de campanha onde, há 20 anos, residia uma família de agricultores".
RV: Esta iniciativa nasceu após as palavras do Papa Francisco?
"Esta iniciativa específica sim, nasceu após as palavras do Papa Francisco. Nos perguntamos, de fato, como poderíamos colocar à disposição alguma de nossas estruturas e claramente, sendo nós uma Congregação de espiritualidade inaciana, nos dirigimos à Fundação Astalli".

RV: A presença destes jovens revolucionou um pouco a vida de vocês....
"A comunidade continua a viver, tranquilamente, no seu ritmo, mesmo porque os jovens não estão dentro da estrutura comunitária, tem uma total independência. Isto não significa, porém, que não existam interações positivas entre aquela que é a comunidade religiosa e estes três jovens. Nós colocamos à disposição da Fundação Astalli - e portanto também outros refugiados virão trabalhar - o  nosso terreno, porque atualmente não é cultivado por não ter mais irmãs como havia, e que cultivavam o campo. A Fundação Astalli assumiu a tarefa de enviá-los por meio de uma  cooperativa de serviço, alguns jovens que virão trabalhar a terra, produzindo produtos agrícolas e depois vendendo-os nos mercados".
RV: Vocês hospedam jovens de fé não-cristã. Qual a resposta deles a vossa acolhida?
"Estes três jovens são muçulmanos. Faço simplesmente um exemplo: estes três jovens muçulmanos serão acolhidos pela nossa comunidade de noviciado para a ceia do Natal. Ele chegaram, se não me engano, em abril ou maio deste ano, e portanto é a primeira grande festividade que os convidamos para participar e eles disseram sim, mesmo sendo de uma religião diferente da nossa". (JE)
(from Vatican Radio)

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