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AOS BISPOS QUE NÃO REZAM NEM ANUNCIAM O EVANGELHO

Por Alvaro de Juana
Papa na capela da Casa Santa Marta. Foto: L'Osservatore Romano

VATICANO, 22 Jan. 16 / 10:30 am (ACI).- Se um bispo não reza nem anuncia o Evangelho e dedica o tempo a outras coisas, debilita a Igreja, afirmou o Papa Francisco durante a homilia da Missa desta sexta-feira na capela da Casa Santa Marta, ao falar acerca da missão dos bispos e a eleição que Deus fez a cada um deles.

“Os bispos são colunas da Igreja” e “nós bispos temos esta responsabilidade de ser testemunhas”, disse o Papa. Portanto, “nossa vida deve ser um verdadeiro testemunho da Ressurreição de Cristo”.

Francisco assinalou duas tarefas específicas dos bispos: a primeira é “estar com Jesus na oração”. “A primeira tarefa do bispo não é fazer planos pastorais… não, não! É rezar”.

A segunda “é ser testemunha, isto é, pregar”. “Pregar a salvação que o Senhor Jesus nos deixou”.

São “duas tarefas não fáceis, mas são propriamente essas duas tarefas que fortificam as colunas da Igreja”.

“Se esses pilares se enfraquecem porque o bispo não reza ou reza pouco, esquece de rezar, ou porque o bispo não anuncia o Evangelho, ocupa-se de outras coisas, a Igreja também se enfraquece, sofre. O povo de Deus sofre. Porque os pilares são fracos”, afirmou.

O Evangelho do dia relata o momento no qual Jesus elege os doze Apóstolos, aos quais escolhe “para que estejam com Ele e para enviá-los a pregar com o poder de expulsar os demônios”.

Os Doze “são os primeiros bispos” e, depois da morte de Judas, Matias foi escolhido: “A primeira ordenação episcopal da Igreja”, explicou. “Testemunhas que o Senhor Jesus está vivo, que o Senhor Jesus ressuscitou, que o Senhor Jesus caminha conosco, que o Senhor Jesus nos salva, que o Senhor Jesus deu a sua vida por nós, que o Senhor Jesus é a nossa esperança, que o Senhor Jesus nos acolhe sempre e nos perdoa”.

Em seguida, Francisco esclareceu que “a Igreja sem o bispo não pode ser”, por isso “a oração de todos nós pelos nossos bispos é uma obrigação, mas uma obrigação de amor, uma obrigação de filhos em relação ao Pai, uma obrigação de irmãos, para que a família permaneça unida na confissão de Jesus Cristo, vivo e ressuscitado”.

“Por isso, eu gostaria hoje de convidar vocês a rezarem por nós, bispos. Porque nós somos pecadores, nós também temos fraquezas, também nós temos o perigo de Judas: porque também ele tinha sido eleito como uma coluna”, explicou o Santo Padre.

“Nós também corremos o risco de não rezar, de fazer algo que não seja anunciar o Evangelho e expulsar os demônios... Rezar, para que os bispos sejam o que Jesus quis, que todos sejamos testemunhas da Ressurreição de Jesus”.

O Pontífice recordou que “o povo de Deus, reza pelos bispos. Em cada Missa, se reza pelos bispos: se reza por Pedro, a cabeça do colégio episcopal, e se reza pelo bispo local”.

Entretanto, “isto é pouco, se diz o nome, e muitas vezes se diz por hábito, e se continua. Rezar pelo bispo, com o coração, pedir ao Senhor: Senhor, cuide do meu bispo; cuide de todos os bispos, e envie-nos bispos que sejam verdadeiras testemunhas, bispos que rezem, e bispos que nos ajudem, com a sua pregação, a compreender o Evangelho, para termos a certeza de que Tu, Senhor, estás vivo, e estas conosco”.

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