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“ORGULHO DOWN”: ASSOCIAÇÕES INTERNACIONAIS COMBATEM UMA DISCRIMINAÇÃO QUE JÁ COMEÇA NO PRÉ-NATAL

21 de março, 11ª Jornada Mundial da Trissomia 21: prepare-se e participe destas duas iniciativas em favor dos nossos irmãos com Síndrome de Down!
 ALETEIA TEAM  14 DE MARÇO DE 2016
Vatican City : Pope Francis greets an handicapped person after his general audience in St Peter's Square at the Vatican on May 14, 2014. AFP PHOTO / TIZIANA FABI
© TIZIANA FABI / AFP

A fundação francesa Jerôme Lejeune e a associação canadense-holandesa Downpride estão organizando um abaixo-assinado mundial para exigir a proibição do exame pré-natal que identifica a síndrome de Down. O abaixo-assinado será apresentado no próximo dia 21 de março, data em que se celebra a 11ª Jornada Mundial da Trissomia 21.
Baby with down syndrome 1 (father : Samuel Forrest) - pt

Baby with down syndrome 1 (father : Samuel Forrest) - pt
Os destinatários do documento são os líderes das maiores instituições internacionais que, em tese, deveriam garantir o respeito pleno pelos direitos humanos: Ban Ki-moon, secretário geral da ONU; o príncipe saudita Zeid Ra’ad Al Hussein, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos; Nils Muižnieks, comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos; e Frans Timmermans, comissário europeu para a Carta dos Direitos Fundamentais.

O abaixo-assinado pede que os governos “eliminem dos programas de saúde pública o exame pré-natal que identifica a síndrome de Down e apliquem à triagem pré-natal os princípios internacionais da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Convenção de Oviedo e da Corte Europeia de Direitos Humanos, limitando os exames genéticos à melhora dos cuidados e da saúde das pessoas e impedindo-os de gerar discriminações”.
Dead Downs - pt
Dead Downs - pt
O documento denuncia que mais de 90% das crianças com a trissomia 21 são hoje abortadas e que existe uma perspectiva de se aumentar mais ainda o número desses abortos seletivos, dado que “muitos países incluem nos exames pré-natal um teste genético para detectar a síndrome de Down”. Uma vez detectada essa condição, muitos pais optam por abortar seus filhos.

Mas as crianças que nascem com a síndrome “podem hoje esperar uma vida longa e de boa qualidade”, afirmam os organizadores do abaixo-assinado, observando, além disso, que, em comparação com as famílias ditas “normais”, “as pessoas com trissomia 21 e seus familiares atingem uma visão melhor sobre a vida”.
Niño Down en brazos de su madre - pt
Niño Down en brazos de su madre - pt
A fundação Novae Terrae, que apoia a campanha, define o abaixo-assinado como “uma iniciativa urgente da humanidade”. Seu diretor geral, Luca Volontè, observa que “os novos testes genéticos pré-natal agravarão o número já dramático de abortos de crianças com a síndrome de Down. Nosso mundo ocidental, que se mostra seriamente interessado pelo humano, não pode virar os olhos diante dessas contradições que o desfiguram”. Para Volontè, a discriminação contra as pessoas com a trissomia 21 é uma “silenciosa violação dos direitos humanos”.

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