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PAPA VAI LAVAR PÉS A REFUGIADOS NA QUINTA-FEIRA SANTA

CTV
Porta-voz diz que programa da Semana Santa se mantém inalterado, apesar dos atentados em Bruxelas

Cidade do Vaticano, 22 mar 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco decidiu celebrar o rito do lava-pés na próxima Quinta-feira Santa, com 12 refugiados e refugiadas, anunciou hoje a Santa Sé.

A celebração da tarde de Quinta-feira Santa, início do Tríduo Pascal, vai decorrer no centro de requerentes de asilo de Castelnuovo di Porto, cerca de 30 quilómetros a norte do Vaticano, que recebe sobretudo jovens refugiados.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse aos jornalistas que não estão previstas quaisquer alterações ao programa de celebrações da Semana Santa, apesar dos atentados de hoje em Bruxelas.

A decisão de celebrar esta cerimónia fora do Vaticano é já uma tradição no atual pontificado: em 2015, Francisco foi ao complexo de Rebibbia, onde o Papa lavou os pés a alguns detidos e a detidas de uma prisão feminina vizinha; em 2014, o pontífice argentino deslocou-se ao Centro ‘Santa Maria della Provvidenza’, da Fundação Don Carlo Gnocchi, destinado à reabilitação de pessoas com deficiência e idosos, em Roma; em 2013 esteve numa prisão juvenil da capital italiana.

Uma das mudanças promovidas pelo Papa Francisco, a nível litúrgico, foi a decisão anunciada este ano de modificar a rubrica do Missal Romano relativa ao lava-pés de Quinta-feira Santa, estabelecendo que a participação no rito não seja limitada só aos homens e rapazes.

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé) publicou o decreto com que anuncia a mudança decidida pelo Papa, que altera a prática estabelecida em 1955, aquando da reforma da Semana Santa.

O Missa Romano passa a deixar de fazer referência aos “homens escolhidos”, passando a falar nos “escolhidos entre o povo de Deus”, de maneira que os responsáveis pelas comunidades católicas “possam escolher um grupo de fiéis que representem a variedade e a unidade de cada porção do povo de Deus”.

“Tal grupo pode ser composto por homens e mulheres e, convenientemente, jovens e idosos, sãos e doentes, clérigos, consagrados, leigos”, precisa a alteração promovida pelo Papa Francisco.

OC

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