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Criança: Lições de moral

Luizinho tinha oito anos de idade, era filho adotivo, há quase seis, do senhor João e de dona Helena, morava numa cidade média e cursava a terceira série do curso primário. Aluno exemplar e, apesar de pouca idade, voraz leitor de livros. A leitura era um bom vício daquela criança, querida e admirada por seus coleguinhas e pela professora Fátima. Era, carinhosamente, chamado pelos amiguinhos de professor Luiz. Sua leitura predileta eram as fábulas de Esopo.
Certo dia o senhor João entrou no quarto do garoto e percebeu que ele estava com três livros contendo várias fábulas de Esopo. O menino, além de muito inteligente era precoce. Percebendo a presença do pai, convidou-o para ler e interpretar algumas histórias. Selecionou seis fábulas e disse ao senhor João: vou ler algumas e juntos examinaremos a lição de moral de cada.
Dizia o nome da fábula (todas de Esopo), lia e tirava a conclusão. Seguem: "A águia e a raposa"- o agressor que não é punido por suas vítimas mais fracas, não escapa do castigo de Deus; "O cão que perseguia o leão"- os arrogantes recuam, quando os mais fortes reagem; "O corvo e a cobra"- existem pessoas que põem em perigo a própria vida para encontrar algo desprezível; "O leão furioso e o veado"- fique longe das pessoas poderosas que fazem o mal; "O sol e as rãs"- as pessoas levianas aplaudem sem sentido; "A cigarra e a formiga"- uma pessoa deve trabalhar para não passar necessidade.
Após a leitura e interpretação das fábulas por Luizinho, seu pai ficou admirado e entusiasmado. Filho querido, você me enche de orgulho! Continuou, estou vaidoso! Não pense assim papai, pois orgulho e vaidade são armas usadas pelos fracos e frustrados, o que não é o seu caso. O senhor é humilde, bom e generoso. Sejamos, pai, semeadores de sonhos e esperanças para alcançarmos a realidade.
Peço-lhe a bênção.
Gonzaga Mota
Prof. Aposentado da UFC

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