Pe. Geovane Saraiva*
Na compreensão das dores da
humanidade, a partir da nossa civilização cristã, Jesus de Nazaré confidenciou
a São Bernardo de Claraval sua maior dor, desconhecida em grande parte pela
criatura humana: suas chagas, decorrentes do peso de sua cruz salvadora. A
partir de Dom Helder, que se compreenda, igualmente, o apostolado oculto de São
Foucauld, exercido pelo Mestre, antes dos três anos de vida pública. É evidente
que ele não começou a salvar o mundo aos trinta anos e nem levou a vida oculta,
preparando-se; em Nazaré, já viveu o apostolado em plenitude e já estava
remindo a humanidade.
Ainda na assertiva de Dom Helder,
o Irmão de Foucauld se escondeu no deserto e na própria Nazaré. Aos poucos,
aprofundou sua compreensão do apostolado oculto: um com Jesus Cristo, desde o
batismo, onde quer que ele simplesmente estivesse ou morasse, Cristo ali
estaria e moraria, agindo ocultamente e santificando o ambiente.
São Bernardo, o apóstolo de culto
à Virgem Maria, assim se manifestou: “Eu tinha uma chaga profundíssima no
ombro, sobre o qual carreguei minha pesada cruz. Era ela a chaga mais dolorosa
de todas, a qual as pessoas ainda hoje não a conhecem”. Eis o convite, com o
Irmão de Foucauld, canonizado recentemente (15/5/2022), para que, pela vida
oculta de Jesus e pela chaga de seu ombro, que seja Deus honrado, louvado e
glorificado. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso,
blogueiro, jornalista, escritor, poeta e integrante da academia Metropolitana
de Letras de Fortaleza (AMLEF).
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