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Coragem!

Pe. Geovane Saraiva*

Coragem, pois o convite que Deus nos faz neste tempo que precede o Natal é o de “participar da divindade daquele que uniu a Deus nossa humanidade, manifestando-se como luz a iluminar todos os povos no caminho da salvação”, na inefável troca de dons entre o Céu e a Terra. Veja-se, pois, envolvido com a vida, num exuberante e alegre contentamento, na clareza de consciência de si mesmo, não sobrando espaço algum para duvidar do único clamor, o da vida, o de se convencer de mais vida e vida intensamente bem vivida! Como é maravilhoso, quando as pessoas querem mais encanto com a vida, mais amor, mais dignidade e mais sabedoria, numa determinação de rejeitar a vida inútil, insípida e sem sentido!

Tenha mais gosto e entusiasmo, vendo a vida com sentido, a partir de um Deus indulgente e clemente, que seja o mais aguçado possível, mas a partir da realidade do Brasil e do mundo, mesmo diante das provações, dores, sofrimentos e angústias desafiadoras, antevendo, no mundo compreendido por contrastes e diversidades, uma nova civilização, no mais alargado e expandido sonho, na busca de uma vida fecunda e cheia de graça. A vida, além de carecer de ânimo e coragem, quer que respondamos aos apelos de Deus, não se apegando aos bens ilusórios e passageiros do mundo, nem parado de braços cruzados e acomodados.

De maneira segura e inequívoca, somos convidados a olhar, pela ótica de Deus, uma consistente esperança e um espírito de perseverança, inspirados pelo sonho de um mundo novo, no compromisso de promover uma realidade melhor e mais durável, sem fome, mais digna e menos egoísta, livrando-nos do pecado da indiferença para com a vida, dom e graça. Cabe a nós contemplarmos, associados ao mistério dos anjos, que povoaram os céus naquela noite feliz e memorável, na linguagem por demais conhecida: “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”. Ele aponta para nós o caminho da salvação; que seja de todos o esforço pela proposta solidária e fraterna, fundamentada na prática da justiça, firmada na paz duradoura.

A chegada de Jesus de Nazaré ao mundo nos afasta do desânimo e estabelece e robustece passos do nosso caminhar, por chão sólido e seguro. Manifesta-se, assim, a clara consciência de que o Messias esperado leva a história à sua consumação. Em Jesus o tempo histórico chegou ao ápice, razão da nossa mais elevada contemplação, acolhendo-o, mas na certeza de que nele se encontra o destino definitivo da humanidade; nele está a consolidação da eternidade dos povos, na participação da promessa salvífica: “Do novo céu e da nova terra, nos quais habitará a justiça”.

*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, jornalista, escritor, poeta e integrante da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).

Comentários

  1. Parabéns, Padre Geovane! Que mensagem!... que bom que essa beleza de informação tão bela, tão didática fosse repassada para muitos Filhos de DEUS, como acabei de fazer. Obrigado companheiro-colega e irmão em Cristo.

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    1. Murilo amigo, obrigado, bondade excessiva sua!

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  2. Comentário acima de M Murilo araújo

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