José Olímpio de Sousa
Araújo, o aniversariante de hoje, é o Secretário da AMLEF,
impecável guia na condução de todos nós pelas selvas da gramática.
Homem que descobriu o
dínamo revolucionário da fé, tem nos mostrado que, sem espiritualidade, tudo se
fragiliza, inclusive a inteligência. É. Melhor que qualquer outro – e por experiência
própria - Olímpio sabe que “a fé remove
montanhas”. Olímpio, "aquele que pertence ao Monte
Olimpo", lugar onde os deuses da mitologia grega erguiam suas moradas,
conhece a atmosfera superior da energia inesgotável que impulsiona os que
acreditam sem ver.
Não por acaso esse
Acadêmico é um disciplinado peregrino do caminho delicado da sabedoria. Podia
brilhar no alto da montanha, nos píncaros do Olimpo, mas prefere a planície.
A milenar cultura
oriental produziu um amigo da sabedoria chamado Lao Tsé. Lao significa “criança, adolescente, jovem”. Tsé
indica “idoso, maduro, sábio,
espiritualmente adulto”. Segundo Huberto Rohden, podemos transliterar Lao
Tsé por “jovem sábio”, “adolescente
maduro”.
Olímpio descobriu, como
o filósofo chinês Lao Tsé, que “a razão
por que os rios e os mares recebem a homenagem de centenas de córregos das
montanhas é que eles se acham abaixo dos últimos. Deste modo podem reinar sobre
todos os córregos das montanhas. Por isso, o sábio, desejando pairar acima dos
homens, coloca-se abaixo deles; desejando estar adiante deles, coloca-se atrás
dos mesmos. Assim, não obstante o seu posto ser acima dos homens, eles não
sentem o seu peso; apesar do seu lugar ser adiante deles, não consideram isto
uma ofensa”.
Por isso Olímpio é humilde,
carrega no peito o ‘húmus’ que circunda aquilo que os índios nomeavam de “a grande laje”, Itapebussu. Esse
Olímpio, que principia José, também aplainou a alma com a santa discrição do
carpinteiro de Nazaré. E é sensível aos despossuídos. Doem a esse devoto de
Maria os que sofrem no “vale de lágrimas”
das injustiças sociais.
Apreendeu, sobremaneira, o que importa nesta
passagem terrena e por isso seu coração se felicita com pouco. A mundana ilusão
não lhe causa emoção. Basta-lhe o principal. Sabe, como o sábio Lao Tsé, que
pura e simplesmente Ser,
sem comparar, sem competir…
Realizamos o Essencial.
(...)
O sábio faz o que tem que fazer
E se afasta…
Assim realiza o céu em si mesmo”.
Feliz Aniversário,
confrade!
(Júnior Bonfim)
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