O decano Heiner Bludau saúda com apreço as declarações de Francisco, segundo a qual “as intenções de Lutero não eram erradas”
“Alegria e fraternidade são os sentimentos com que acolhemos as palavras do Papa, que confirmam o valor do diálogo ecumênico entre a Igreja Luterana e a Igreja Católica Romana. Esperamos que este diálogo cresça sempre mais a nível mundial e aqui na Itália”, declarou Heiner Bludau, decano da Comunidade Luterana italiana.
As palavras do decano referem-se ao que o Papa falou durante a coletiva de imprensa de ontem, durante a viagem de regresso da Armênia. Ao jornalista que lhe perguntava se, na véspera do 500º aniversário da Reforma Protestante, não fosse hora de retirar a excomunhão de Lutero, o Pontífice respondeu: “Creio que as intenções de Lutero não eram erradas, era um reformador, talvez alguns métodos não estavam bem, mas naquele tempo […] a Igreja não era precisamente um modelo a se imitar: havia corrupção, mundanismo, apego ao dinheiro e ao poder”.
Bludau, em seguida, recordou a visita do Santo Padre à Christuskirche luterana de Roma, que teve lugar em novembro passado, na qual repetiu o gesto de abertura já realizado pelos seus antecessores”, testemunhando “o valor da nossa relação ecumênica, da qual diálogo e oração são duas dimensões essenciais”.
Em conclusão, o decano expressou o desejo de que “esta relação seja posteriormente aprofundada em 2017 em vista do Jubileu da Reforma, a ser vivido juntos como uma verdadeira e própria festa de Cristo, na convicção de que os elementos em comum entre as nossas Igrejas sejam decididamente mais importantes do que as diferenças ainda existentes”. Zenit
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