Na conversa que teve com André Argolo, Rogério falou da experiência dura da pobreza na infância e de migrante do campo para a cidade, que ainda hoje marca seus textos. Ele chega a Curitiba, no início dos anos 1980, vindo da roça e lá faz a sua história. “De um lado, tenho uma vasta herança de uma linhagem completamente ágrafa, nunca ligada à palavra escrita, e eu vou me fazendo e vou tentando construir uma trajetória de vida que seja amplamente vinculada à palavra escrita e à literatura”, disse.
Rogério conta que começou a trabalhar ainda muito cedo. Foi vendedor de flores na rua, por exemplo. Aos 13 anos, entrou, como office-boy, na Gazeta Mercantil. A mãe era empregada doméstica na casa do diretor da sucursal curitibana do jornal econômico. “Ali, sim, na adolescência, comecei a escrever”, conta. Fica nove anos no jornal, passando por diversas áreas. Neste tempo, cursa Filosofia e depois segue para o Jornalismo, que conclui em 97. Depois de um período na Espanha, retorna para o Brasil e funda o Rascunho em 2000.
No papo, Rogério fala sobre o papel do jornal criado por ele na cena literária nacional, o que chama de “microcosmos”. Externaliza também algumas de suas preocupações, entre elas a defesa da urgência no investimento público em educação e lança luz para a necessidade de sermos mais atentos à alfabetização.
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Via Publishnews
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