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História econômica


O pensamento econômico, ao longo do tempo, apresentou modificações significativas. Escolas como a Mercantilista, a Clássica, a Marxista, a Neoclássica, a Liberal, dentre outras, mostraram a importância da Filosofia e da Matemática. Sem dúvida, em todas as Escolas, destacaram-se as bases filosóficas objetivando o entendimento da realidade.

Já a Matemática foi utilizada com vistas a investigar relações abstratas e lógicas. Com certeza, o progresso econômico e a conscientização das pessoas motivaram o surgimento de teses na área econômica, abrangendo, também, conceitos de ordem política e social.

Cientistas e estudiosos como Adam Smith, Stuart Mill, Marx, Hegel, Max Weber, Marshall e mais recentemente Keynes desenvolveram teorias fundamentadas em diretrizes filosóficas. Por outro lado, Petty, Quesnay, Walras e Leontief, por exemplo, deram ênfase a conceitos matemáticos nas suas teses do equilíbrio econômico geral.

Tanto a Filosofia como a Matemática são importantes na formulação de políticas econômicas. Vale lembrar Amatya Sen, em seu livro Desenvolvimento como Liberdade: "A privação de liberdade econômica pode gerar a privação de liberdade social, assim como a privação de liberdade social ou política pode, da mesma forma, gerar a privação de liberdade econômica".

Com relação ao Brasil, nos últimos anos, o estudo da Ciência Econômica esteve mais próximo da Matemática do que da Filosofia. O que não é bom. As discussões e os debates estão se tornando instrumentos de retórica, não ampliando de forma desejada e adequada o pensamento existente.

Como economista, creio que precisamos aumentar nossos conhecimentos de Filosofia. Talvez o processo de globalização, comandado por oito países ricos, bem como a influência de instituições financeiras internacionais, estejam levando o restante do planeta Terra para uma situação indesejável, na base de centro-periferia.

Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC

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