Pouco tempo após o nascimento de
Jesus, recebe a ordem do alto dos céus: “Levanta-te, pega o menino e Maria, sua
mãe, e foge para o Egito” (Mt 2, 3). Tempos depois, o anjo lhe diz: “Vai para a
terra de Israel”. É dura a partida, mas de imediato, de noite, José foi
flexível à voz soberana, por estar diante de tal situação, sem pedir
explicações e não sendo causa de objeções. Pensemos na grandeza de uma alma
literalmente obediente: “Servo fiel e prudente a quem o Senhor confiou sua
família” (Lc 12, 24), totalmente disponível ao projeto de Deus. Esteve sempre
atento à convocação divina e amplamente entregue ao serviço do Senhor, na
perfeita dedicação, no amor a Deus, de todo o coração, de toda a alma e com
todas as forças.
São José, da descendência de
Davi, como nos asseguram as Escrituras Sagradas, une Jesus de Nazaré à linhagem
do povo eleito, o qual esperava pelo Messias. Cabe a nós, pois, pensar na
benevolência de Deus, que é a de reconciliar consigo mesmo todas as coisas.
Vemos que, por meio de simples e humilde carpinteiro de Nazaré, se realiza a
profecia anunciada a Davi: “Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre
diante de mim, e teu trono será firme para sempre” (cf. 2 Sm 7, 16), no sol da justiça,
mistério oriundo do seio sagrado da Virgem Maria. Amém!
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, jornalista, escritor, poeta e integrante da academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
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