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Gilberto Gil, Aquele Abraço - O Musical

As letras tantos anos cantadas por Gil mostram, além de poesia, seu lado teatral.


O espetáculo comemora os 50 anos da carreira do artista.

O espetáculo comemora os 50 anos da carreira do artista.
Por Larissa Troian
Repórter Dom Total

O Grande Teatro do Palácio das Artes recebe o musical “Aquele Abraço – O Poeta, a Canção e o Tempo”, hoje, às 19h. O espetáculo, que é homenagem ao grande ícone da música brasileira Gilberto Gil, comemora os 50 anos da carreira do artista.
Interpretando 55 músicas cantadas total ou parcialmente, e tocando 39 diferentes instrumentos, sobem ao palco os atores Alan Rocha, Cristiano Gualda, Daniel Carneiro, Gabriel Manita, Jonas Hammar, Luiz Nicolau, Pedro Lima e Rodrigo Lima, que comandam o espetáculo com energia e vitalidade inigualáveis. Gilberto Gil não participa do espetáculo.
Na dramaturgia e direção geral, o premiado Gustavo Gasparani – que estudou todas as letras, ouviu todos os discos e leu todos os livros publicados sobre Gilberto Gil antes de finalmente conceber esta homenagem, nos concedeu uma entrevista exclusiva contando detalhes do musical. Confira:
Dom Total: Gustavo, você define a obra do Gil como  "sensível, romântica, de um ar profundo". Como foi o trajeto de escolha desse artista até a execução do projeto?
Gustavo Gasparani: Fui convidado por Sandro Chaim para escrever e dirigir o espetáculo. A partir daí estudei durante dois meses a obra de Gil. Li todas as letras e ouvi todos os discos. Então, uma frase surgiu para nortear o trabalho: O Poeta, a canção e o tempo!  Através da obra de Gil refletimos em cena sobre o nosso tempo, o nosso país e as nossas próprias vidas.
Dom Total: Em determinado bloco, o espetáculo traz um cenário, pode-se dizer, bem futurista. Essa fase futurista define uma fase da vida do Gil?
Gustavo Gasparani: Sim. Ele sempre foi ligado a essa esta questão do tempo/ futuro e também a  tecnologia, ciência e meio ambiente, temas recorrentes em sua obra. Para mim o Gil é um filósofo através da música.  Sua poesia é de uma profundidade única. selecionamos as seguintes canções para esse momento do espetáculo: Parabolicamará, Futurismo, Gaivota, Extra, A Raça Humana, Marmundo, Ave baía, cérebro eletrônico, Lunik 9 e minha ideologia. Cantadas ou faladas todas fazem parte do quadro "2.000 e Gil uma Odisseia no espaço"
Dom Total: Como funcionou a formação da dinâmica do espetáculo, visto que fugiu da forma biográfica? Esse foi um pedido do próprio Gil?
Gustavo Gasparani: Sim ele não queira uma homenagem biográfica. Após estudar a sua obra dividi o espetáculo em 11 quadros temáticos. É como se fossemos a uma exposição, uma retrospectiva de um grande artista. Ema cada quadro / sala viajamos em sua estética, em sua nova fase. Nosso musical é assim, uma mistura de teatro, show, recital e exposição. Uma experiência multimídia e sensorial.
Dom Total: Como foi a seleção dos atores para participar do musical? Cada um deles tem alguma historia de vida com/sobre o Gil para contar?
Gustavo Gasparani: Somos como uma companhia de teatro. Já estamos juntos há 4 anos, desde o espetáculo anterior,Samba Futebol Clube.  E isso faz toda a diferença na busca por uma nova linguagem teatral. Durante o espetáculo os atores falam textos pessoais desse encontro com a obra do Gil e como ele influenciou as suas vidas.
Dom Total: Por fim, qual é a proposta do espetáculo? Que mensagem pretendem passar para o público?
Gustavo Gasparani: Através da obra de Gil refletimos, em cena, sobre o nosso tempo, o nosso país e as nossas próprias vidas. A mensagem é de um mundo mais justo, poético e onde a paz, o amor e a arte possam nos guiar!
Confira mais informações sobre o evento na Agenda BH.

Redação Dom Total

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