Grecianny Carvalho Cordeiro* “Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre palhaço que por uma hora se espavona e se agita no palco, sem que depois seja ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e muito barulho, que nada significa.” Esse belo trecho está na brilhante peça Macbeth, de William Shakespeare. Macbeth é um general leal que, ao voltar da guerra, recebe uma aparição de três bruxas, as quais profetizam que se tornará o general de Cawdor e, depois, rei da Escócia. Para o amigo Banquo, que o acompanha, as bruxas preveêm que o mesmo não será rei mas será pai de uma linhagem de reis. Macbeth recebe o rei Duncan em seu castelo, ocasião em que seria promovido a gener
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza