Padre Geovane Saraiva* Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), ao lutar com obstinação pelo projeto de Deus-Pai, investiu no essencial, naquilo que não só humaniza, mas que leva as pessoas à realização, já aqui neste mundo, do compromisso com Jesus de Nazaré, aquele que desceu do céu cheio de estrelas – tu scendi dalle stelle. A lei do amor que o Filho de Deus implantou foi amplamente difundida por essa grande e exemplar figura humana, guardando-a como algo concreto em sua vida: “Aquele que me ama será amado por meu Pai; nós viremos a ele e faremos nele nossa morada” (Jo 14, 23). Sincera confiança e persistência absoluta em um Deus enlouquecido de amor, naquela pobre criança da estribaria, exposta à sujeira, ao vento e ao frio, fazem-nos pensar como o santo napolitano carregou consigo, na mente e no coração, a cidade santa, a Jerusalém Celeste, a qual deve ser a utopia maior de todo cristão, na alegoria bíblica da alta incomparável cidade, que prescinde de iluminação; uma
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza