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ARQUIDIOCESE DO RIO TRABALHA POR UM LEGADO HUMANO DAS OLIMPÍADAS

Em entrevista à Rádio Vaticano o Pe. Leandro Lenin, responsável pela organização, fala sobre as remoções na Vila Autódromo
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A Arquidiocese do Rio foi escolhida pelo Comitê Olímpico para organizar o centro inter-religioso da Vila dos Atletas, que também vai receber os atletas paraolímpicos, em setembro.
Em entrevista à Rádio Vaticano o Pe. Leandro Lenin, responsável pela organização, falou sobre a importância da acolhida durante os Jogos e da necessidade de haver um legado humano e não só de infraestrutura.
Padre Lenin cita um caso particular: as remoções na Vila Autódromo.
“De fato, para nós é um pouco sim preocupante o modo como as coisas podem seguir. Se eu digo que pode seguir, poderiam ser de outro modo, sim. E aqui não estaremos falando somente num Comitê Olímpico Internacional, quando a gente fala nesta grande instituição falamos em numerosíssimas outras envolvidas em que cada um muitas vezes no seu ponto de vista apenas quer executar o seu trabalho. Só que o trabalho envolve pessoas que estão trabalhando e pessoas que são atingidas por esse trabalho. Positivamente. Nesse caso da Vila Autódromo nos temos um cenário um tanto negativo. É bom entender a Igreja não mede esforços para sempre ressaltar o valor da pessoa que está envolvida nisto. Ou seja, não se pode festejar um grande evento positivo como são as Olimpíadas e as Paraolimpíadas, tendo por baixo de tudo isso histórias de tristeza ou histórias de incompreensão, até injustiça. Nossa grande tentativa é em associação a estes grandes que querem o bem da cidade, que querem o bem da população. Ou seja, por princípio, nos não estaríamos falando em nada negativo: jogos olímpicos, seu s atletas, seus valores, são fantásticos, agora o modo como proceder precisa ser mais humanizado. Voltamos ao tema de legados mais humanos e não tanto infra estruturais, ou visuais. Precisaríamos atingir o coração das pessoas também”.
“Como católicos, a nossa responsabilidade está em saber acolher bem e aproveitar este espaço como um campo para a nova Evangelização. Porque é desafiador o tema, é desafiador o contexto, ou seja, estamos falando do maior evento esportivo do mundo e que, no Rio de Janeiro, com certeza será o maior da história pelo número de atletas, de turistas e até modalidades esportivas”. (Com informações ArqRio)

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