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Mostrando postagens de julho 12, 2019

Leia o poema “cantiga de abraçar passarinho”, do escritor cearense Bruno Paulino

Por Bruno Paulino* Ilustração de Jéssica Gabrielle Lima cantiga de abraçar passarinho – bruno paulino – orvalhei adoudamente o sol como um peixinho de aquário soletrei com resistência: liberdade! sonhei uma viagem pelo azul sobrevoando a limpidez, clara e casta, de um rio imorredouro; comi fruta madura num pomar de goiaba cantei franciscanamente louvores ao divino mistério da criação feito um menino malino abracei com pureza o amor nas asas de todos os passarinhos. *** Bruno Paulino é cronista e aprendiz de passarinho Blog O Povo

Ana Proença homenageia Dona Ivone Lara no Cine Theatro Brasil

Aos 51 anos, ela se prepara para entrar no palco para apresentar o espetáculo 'Dona Ivone Lara: mas quem disse que eu te esqueço', no próximo sábado, às 19h30. Aos 51 anos, ela se prepara para entrar no palco para apresentar o espetáculo 'Dona Ivone Lara: mas quem disse que eu te esqueço', no próximo sábado, às 19h30. (Reprodução) Aposentada em 1977, Dona Ivone Lara (1922-2018) só então passa a se dedicar exclusivamente à carreira artística. Um pouco antes de pendurar o jaleco como assistente social, aos 52 anos, lança seu primeiro LP ( Samba, Minha Verdade, Minha Raiz).  Primeira mulher a integrar a ala de compositores de uma escola de samba (Império Serrano), a maior sambista da história da nossa música precisou quebrar muita pedra pra ocupar seu lugar na MPB. “Sinto muita empatia em relação a isso. Eu cuidei da minha filha até ela entrar pra faculdade. Só a partir daí que eu consegui dar um rumo para as minhas coisas, estudar, fazer música. Então, tudo iss

'Literatura precisa ir além de protestos políticos', defende a premiada Ayelet Gundar na Flip

Autora israelense participou de mesa com a nigeriana Ayobami Adebayo na tarde desta sexta (12). Escritoras debateram representação das mulheres na literatura.   Por Thaís Matos, G1   Ayelet Gundar-Goshen ganhou o principal prêmio literário de Israel com seu novo romance “Uma noite, Markovitch”. Ele foi celebrado muito por seu contexto político e histórico: um grupo de jovens da Palestina vai até a Europa sob comando nazista para resgatar mulheres judias por meio do casamento. Denso, ele toca ainda no machismo: O personagem principal se apaixona pela mulher com que casa e não quer lhe dar o divórcio, mesmo contra sua vontade. O pano de fundo é político sim, mas a autora não quer ser lida apenas sob esse viés. Durante debate na 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), ela fez um apelo. “Todos os romances devem ser lidos no nível político, mas eu não quero que ele seja uma declaração política. Isso me incomoda.” “A literatura tem que ser mais complex

Flip tem aplicativo que permite assistir ao vivo a mesas de debates

Participantes poderão ver acervo de vídeos das edições anteriores Já está no ar o aplicativo da 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) na Costa Verde fluminense. A nova plataforma permite aos usuários assistir, ao vivo e gratuitamente, as mesas da edição da festa deste ano e receber notificações para acompanhar o programa principal. Além disso, é possível ver todo o acervo de vídeos das 16 edições anteriores da Flip, incluindo entrevistas históricas e melhores momentos da festa, que mistura literatura, arte e cultura. O aplicativo está disponível para Android e iOS. Após a realização da Flip, o aplicativo passará a ser exclusivo de assinantes, em dois planos diferentes: mensal, ao custo de R$ 35, e anual, no valor de R$ 249, parcelado em até dez vezes. Direitos humanos O movimento Ocupa Beauvoir, de mulheres que trabalham com a questão da desigualdade de gênero no mercado literário, realiza, na programação paralela da Flip, a ação “De Rosa Luxemburgo a Marielle

Feira de HQ, literatura e poesia agita a ilha nas férias

Estimular a cultura geek e dar visibilidade aos artistas locais. Estes são alguns atrativos da 7ª Feira Cultural da Praça Duque de Caxias para quem está de férias na ilha. Por:  Da Redação Se você curte HQ, poesia, literatura ou artes em geral a 7ª Feira Cultural que acontece neste sábado (13), das 9h às 17h, na Praça Duque de Caxias, no João Paulo, ao lado banca Ponto de Cultura JK, é uma opção para quem está de férias.  Esta edição especial de férias é a sétima do evento, organizado pelo grupo JKomics. Segundo André Rios, organizador da feira a ideia do evento é criar um espaço de interação entre os artistas locais e o púbico, utilizando para isso o próprio espaço público, no caso, a praça. “A feira acontece mensalmente desde maio de 2018, sofrendo uma parada apenas no período mais chuvoso, por se tratar de um evento ao ar livre. Porém, desde 2014, o grupo realiza eventos similares, como quatro eventos voltados ao público fã de quadrinhos, além dos projetos  HQ na e

Vaidade: um causo

Por  Gonzaga Mota - Professor aposentado da UFC José e Antônio eram dois amigos de infância. Estudavam no mesmo colégio público e moravam na rua Esperança, no bairro Solidariedade, no município de Santo Expedito, no sertão nordestino. Ambos tiravam boas notas e cumpriam com suas obrigações escolares. Na adolescência, os dois foram pra cidade grande, São Paulo, tentar ingressar na Universidade e trabalhar. Conseguiram. José cursava medicina e trabalhava numa livraria. Já Antônio estudava ciência econômica e era corretor na Bolsa de Valores. José possuía formação humanitária; sem ambição financeira, procurava servir aos mais carentes. Antônio empolgou-se com sua atividade; ficou rico, passou a frequentar as altas rodas paulistanas, não mais se lembrava do amigo José e tornou-se uma pessoa extremamente vaidosa. Sempre preocupado com resultados financeiros, pouco dedicou-se à leitura. Assim, não conhecia Machado de Assis: “A vaidade é um princípio de corrupção” e Vieira: “A vaidade

Flip: subúrbio carioca vira cenário de contos de terror

Tânia Rêgo/Agência Brasil Quando se fala em histórias de terror, os leitores logo pensam em um castelo na Transilvânia ou em uma mansão vitoriana na Inglaterra. Mas é na periferia carioca que o autor Hedjan Costa, morador de Anchieta, no subúrbio do Rio  de Janeiro , resolve ambientar seus contos assustadores. A coletânea  Gótico Suburbano  será lançada neste  sábado  (13) na Feira Literária de Paraty (Flip). São dez contos que usam temas e cenários tipicamente suburbanos, como os vagões de trem, os grupos de bate-bola e a brincadeira de soltar pipa. “A ideia de escrever contos de terror no subúrbio veio da minha própria experiência como morador. Eu cresci na zona sul, então, quando me casei e me mudei, eu acabava percebendo várias coisas que talvez passassem despercebidas a quem nasceu e cresceu aqui. As relações humanas, a questão do público e do privado, o uso dos espaços públicos. E, como leitor apaixonado de histórias de terror e suspense, algumas situações e cenários sem