Hoje, caro leitor, queria poder escrever algo diferente, quem sabe, animador; um artigo recheado de boas notícias, capaz de tocá-lo profundamente e de levá-lo à reflexão; quem sabe fazer um relato concreto de algo bom, bonito e justo; quem sabe contar uma história daquelas inspiradoras, que nos fazem vibrar de emoção, a encher nossos olhos de lágrimas. Mas os noticiários não ajudam em nada: pandemia, corrupção, superfaturamento de compras por agentes públicos, intrigas políti cas, desinteligências jurídicas, fakenews, abusos sexuais por parte de alunos com alunos e de professores com alunos... Pensei em Caio Fernando Abreu, ao dizer “Hoje quero escrever qualquer coisa tão iluminada e otimista que, logo depois de ler, você sinta como uma descarga de adrenalina por todo o corpo, uma urgência inadiável de ser feliz. Ser feliz agora, já, imediatamente”. Depois, pensei em Platão, em sua cidade ideal governada por filósofos, os guardiões perfeitos; naquilo que torna a alma má: a
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza