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Mostrando postagens de julho 31, 2010

EXPRESSO DO PASSADO

Os sinos repicam. Partiu o trem. Serpenteando na linha segue o comboio. Vagões atrelados em sinuosas curvas. Apito lânguido na corrida nos trilhos. Rumo certo para estreitar distâncias. Aproximar cidades no intercâmbio de gente e de mercadorias. Fumaça que se perde na poeira do tempo... Assim o trem na condução da própria vida em busca do progresso. O expresso vai partir. Vai chegar. Idas e vindas com paradas obrigatórias na estação da via férrea. Descrição bucólica da vida sendo transportada em blocos. Casinhas de janelas nas laterais abertas ou fechadas para o mundo que circula entre paisagens do sertão ou da cidade. Mãos acenando. Rostos na vitrina e olhinhos expectantes na espiral dos carros aglutinados da composição férrea. Serpentear cadenciado. Ritmo de música no deslizar do trem quase parando. Passado! "O Expresso do Passado" em sugestivas crônicas de Seridião Correia Montenegro. Um escritor moderno que resolveu investir nas lembranças. Relembranças saudosistas de um