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Mostrando postagens de julho 1, 2017

Poeta Mel Duarte abre miniturnê gaúcha de slam com bate-papo

A miniturnê da poeta e slammer paulista  Mel Duarte pelo Rio Grande do Sul  começou da melhor maneira possível: em um evento promovido no espaço Aldeia, a escritora, uma das principais expoentes do movimento slam no Brasil, participou de um bate-papo com dezenas de pessoas e fez uma performance de poesia falada. – Você é a primeira poeta viva que eu conheço – resumiu, quase no final do encontro, uma professora da plateia. Mel Duarte esteve na Aldeia, em Porto Alegre, para bate-papo Foto: André Feltes / Especial Descontraído e informal, o bate-papo contou com a mediação da jornalista Carol Anchieta. Mel conversou com a plateia sobre os conceitos do movimento slam, a importância da participação feminina e negra em espaços culturais, os temas de suas obras e a história de sua carreira. Chegou a dar dicas para quem quer se arriscar na poesia – ou mesmo em eventos de slam: – Eu costumava ler livros com um caderninho e um dicionário do lado. Ia anotando as palavras e, depois, me t

Ave do Cariri vira tema de selo dos Correios para chamar atenção ao risco de extinção

Três pássaros ameaçados de extinção tornaram-se  selo  de correspondências dos Correios. Entre eles está o  soldadinho-do-araripe , espécie que só é encontrado nas cidades de  Barbalha ,  Crato  e  Missão Velha , no Cariri Cearense. O lançamento dos selos ocorreu nessa segunda-feira (26), no GeoPark Araripe, no Crato, a 508 quilômetros de Fortaleza. Segundo o diretor regional dos Correios no Ceará, Erico Jovino, os selos foram confeccionados para alertar a população sobre “o zelo que devemos ter com todas as espécies de animais” e para o “alto índice de  desmatamento  que está ocorrendo no mundo”. A degradação de mananciais e o desmatamento são consideradas as principais ameaças para o soldadinho-do-araripe. A estimativa é de que o soldadinho-do-araripe seja extinto em  15 anos  se nada for feito. Conforme o biólogo Weber Girão, que descobriu a espécie em 1996, a estrutura geológica da  Chapada do Araripe  é a única capaz de servir de habitat para a espécie. “É um planalto, um

Há 20 anos o herói Hércules fazia sua primeira aparição no cinema

Hércules e seu amigo de infância Pégaso enfrentam monstros mitológicos em suas aventuras em busca de um lugar no Monte Olimpo No dia 4 de julho de 1997 chegava aos cinemas brasileiros um novo longa de animação da Disney, "Hércules", com uma história baseada no personagem da mitologia grega. Depois de alguns filmes mais fracos como "O Corcunda de Notre Dame", o longa renovou o sucesso da empresa e trouxe um novo estilo de animação tradicional mais anguloso que havia dado seus primeiros passos com "Pocahontas". O novo traço foi bem recebido e continuou com "Mulan" e, principalmente, com "Tarzan". Mitologia A história mitológica do filho de Zeus com uma mortal sofreu grandes alterações para se encaixar nos padrões do que a companhia acha interessante para o seu público. Além do pai, Hércules ganhou uma herança divina também por parte de mãe, é filho de Hera, e um par romântico atormentado por Hades, deus do mundo inferior e do

Museu da Fotografia Fortaleza sedia debate sobre "Sereias", projeto que adentra a vida de pescadoras cearenses

Projeto Sereias Cercado por um extenso litoral, o território cearense ganhou do encontro com o mar capítulos decisivos na formação de seu povo. Para além dos campos sociais e históricos, estes verdes mares ainda prosseguem como tema sedutor para músicos, cineastas, artistas visuais, videomakers e fotógrafos. Assim, em qualquer passeio mais apressado pela memória, saltam exemplos notórios, caso dos registros realizados pelo fotógrafo Chico Albuquerque (1917-2000). O serviço fotográfico acompanha a demarcação do tempo e consegue imprimir as marcas contextuais dos profissionais inseridos neste campo. Fruto de elaborada pesquisa, o projeto "Sereias" é pontual na proposta de explorar a fotografia enquanto ferramenta transformadora. Ao literalmente mergulhar e divulgar o universo feminino da pesca artesanal no Ceará, o trabalho repara o erro de que o mar seja estritamente uma zona masculina. Desvenda e consegue ir muito além em sua proposta. O Museu da Fotografia Fortale

Escritor e pesquisador, Gilmar de Carvalho escreve sobre a peleja de Cego Aderaldo com a vida, a arte e a tradição

por  Gilmar de Carvalho* - Especial para o Caderno 3 Mote para outros artistas, a figura de Cego Aderaldo conquistou popularidade digna de mito ( Foto: Elizangela Santos ) Aderaldo Ferreira de Araújo tinha visto o mundo e ele começava na Rua da Vala, no Crato. Cegou aos 18 anos, em 1896, depois de beber um copo d'água. Dizia que os olhos sangravam, como uma personagem de tragédia grega. Conheceu cores, formas, texturas e também as agruras da vida, que ele não poderia esquecer, sob pena de falsear o real, cujas imagens se diluiriam aos poucos. Estaria fadado a ser um trabalhador da Rede Viação Cearense (RVC). Casaria, teria filhos, faria carreira. A vida traiu o roteiro que parecia ter sido esboçado para ele. Devia ser um sonho trabalhar na ferrovia e um espetáculo ver as pessoas que chegavam e/ou partiam, acompanhar os pregões dos vendedores, e ouvir apitos ou o barulho onomatopaico dos trens. Aderaldo pediu a Deus um meio de sobreviver diante de tantas dificuldades.

Com obras iniciadas em 2013 e logo paralisadas, o Memorial Cego Aderaldo, em Quixadá, segue no papel

por  Alex Pimentel - Especial para o Caderno3 Memorial Cego Aderaldo, à espera de novas obras; abaixo, estátua do cantador ( Fotos: Alex Pimentel ) Em junho de 2105 o então secretário de Cultura do Ceará, Guilherme Sampaio, visitou o Memorial Cego Aderaldo, em Quixadá. O espaço cultural surgiu a partir da restauração do antigo casarão de Maria Gomes, situado defronte à Praça José de Barros, no Centro da cidade. LEIA MAIS A poesia depois do silêncio  Memória e crítica  Salvação pela palavra  Aproveitando a visita de inspeção, o secretário estadual se reuniu com a sociedade, profissionais ligados ao setor cultural e gestores públicos, para marcar o início do seu funcionamento - o prazo era até o fim daquele ano, restando apenas o fornecimento da mobília e a definição de quem ficaria a cargo da administração. Passados um ano e meio, o Memorial ainda não foi inaugurado. O secretário de Cultura, Esporte e Juventude de Quixadá, Audênio Moraes, que assumiu o cargo no início d