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Mostrando postagens de abril 20, 2016

A VISÃO DE UM ESPÍRITA SOBRE A EDUCAÇÃO

Francisco Castro de Sousa* INTRODUÇÃO Estamos no primeiro século do III milênio após a vinda do Cristo.  No Brasil, um país considerado do terceiro mundo pelo seu estado de desenvolvimento, porém de um povo relativamente pacífico, de arraigado sentimento religioso, com uma história sem guerras, que aboliu a escravatura ainda no sáculo XIX, mas que, na atualidade, enfrenta sérios problemas estruturais de educação, saúde, habitação, emprego, renda, violência, e principalmente nos costumes e desigualdades regionais. Desejoso de dar uma contribuição, ainda que pequena, para que, no futuro, a situação de seu país possa ser diferente, em minhas leituras e reflexões, interessei-me pelas ideias de um estudioso da área da educação no século XIX, o qual afirma que “os problemas da humanidade provém da imperfeição dos homens”. Lembramos que a afirmação acima foi feita na segunda metade do século XIX, na França, e que esse pensador cujo verdadeiro nome era Hippolyte Léon Denizard R

UM MILAGRE

José Olímpio de Sousa Araújo* Um olho e braços e pernas nos inarredáveis afazeres domésticos. O outro olho e parte da atenção no pequeno, travesso inocente, a espaldar-se no também diminuto quintal. — Este poço é perigoso, meu filho... Não se aproxime dele!  Ouviu?... A louça do café lavada e posta num canto da pia, cobertos por um pano de prato. O feijão ferve, escumando na panela encardida. Tira o arroz pra lavar. Corta a verdura. Ainda falta varrer e arrumar a casa. Já é mais de dez horas... Virgem Mãe! Esse tempo corre ligeiro demais... — Meu Deus, o João Lucas!... Pressentimento doloroso de mãe... Ainda vislumbrou o pequeno corpo escorregando poço adentro. O grito e o tibungo. — Minha Nossa Senhora de Fátima... Valei-me, Mãe Poderosa!! A prece e a imediata ação. A incrível rapidez de chegar à boca do poço, o pulo, a tempo de pegar o filho e sustentar-se, atravessada e toda esticada, pés, uma das mãos e cabeça, a segurar-se às bordas das paredes, providencialm

CRÔNICA: JORNALISMO OU LITERATURA? POESIA OU CONTO?

José Olímpio de Sousa Araújo* De há muito, a palavra crônica aparece nos jornais e revistas e, até mesmo, no rádio e televisão: crônica esportiva, crônica policial, entre tantas, além de comentários e apreciações sobre os mais diversos assuntos que recheiam as páginas diárias e os periódicos semanais ou especializados, via de regra, com o rótulo de crônica. Mas afinal, o que é crônica? Trata-se de um texto jornalístico ou literário? É uma composição poética, ou ficção? Pretendemos elucidar estas questões, a partir das didáticas orientações de Massaud Moisés (A Criação Literária – Prosa II, cap. III.  Ed. Cultrix). O termo crônica provém do grego “chronikós”, relativo a tempo, designando uma relação de acontecimentos ordenados cronologicamente.  Consistia em narrativas sobre reis, nobres, seus feitos ou governos, ou algum acontecimento de grande repercussão. Situava-se entre os anais e a História. A partir do século XIX, na França, o termo passou a ser empregado como regist