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Mostrando postagens de junho 9, 2018

Depressão

Paulo Eduardo Mendes* Moda ou modismo? Triste indagação. Doença da mente. Males da alma agitada. Mil pensamentos negativos. Onda de desespero. Tudo de roldão para fazer mergulhar numa enfermidade diferente. Depressão. Causa e efeito advindos do estado de espírito envolto em profunda tristeza. Sabor de derrota impedindo agir no campo da tranquilidade. Agitação interna em confronto com a razão de ser do equilíbrio emocional. Desorganização da mente. Ser que se torna paciente, dentro da impaciência a persegui-lo permanentemente. Estranho jogo de palavras onde paciente e impaciente dialogam na sua consciência em desespero. Depressão, um estado psíquico de intensa duração. Maltrata. Desvia conduta na trilha da normalidade do ser pensante. Personalidade abatida em razão nefanda de fatores que desencadeiam a falta de harmonia na vida do paciente. Enfermidade progressiva. O paciente deve optar pelo tratamento adequado. Psiquiatria, psicologia ou psicanálise podem emergir em socorro de que

O PARAÍSO É AQUI

Grecianny Carvalho Cordeiro* As escolas são bem estruturadas, estão em excelente estado de conservação, com salas de aula bem decoradas, banheiros limpos, merenda escolar da melhor qualidade, acompanhadas por nutricionista, para garantir o equilíbrio perfeito. Os alunos amam ir à escola. Os professores estão super felizes com seus salários e as boas condições de trabalho. As polícias receberam novas viaturas, armamentos modernos e adequados para o melhor desempenho de suas funções. O efe tivo foi reforçado e o policial está bastante satisfeito com a atenção dada pelo Estado ao exercício de seu mister. As estradas foram recuperadas e quilômetros e quilômetros de novos acessos foram feitos, além de túneis e viadutos, facilitando o escoamento do trânsito, de modo a que o motorista gaste menos tempo em congestionamentos. Isso sem falar nas ciclovias e vias próprias para os ônibus, dinamizando ainda mais o trânsito. E dentro em breve, serão inaugurados o VLT e o metrô. Os post

Brechas de uma janela

Carlos Delano Rebouças* Fica aquele garoto a querer olhar todo o movimento da rua. O ângulo nem sempre é o melhor, muito menos, a posição que ocupa em frente à sua janela. Conta somente com as brechas de seu estilo veneziano e nada mais. Pobrezinho! Não tem forças nem coragem de abri-la para deixar-se conhecer o mundo. Essa é a rotina da vida de Sérvulo, um garoto que poderia ser igual a tantos outros de sua idade, mas diferente o é, vivendo no seu mundo com tantas interrogações, suas e de sua família, que busca entender o seu comportamento. Sua mãe, chorosa, responde sem mesmo ninguém perguntar; basta lhe direcionar o olhar: - Ninguém aqui em casa o proíbe de sair, de brincar com as outras crianças da rua, de ir à escola, de conhecer o mundo! Como é angustiante para um amigo daquela família que há anos acompanha um garoto de 12 anos, na flor da idade, cheio de energia, formatando seu mundo de forma retangular, sem o brilho e o calor do sol, sem o vento a beijar-lhe o