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Mostrando postagens de junho 25, 2018

31 livros foram lançados durante o Festival Vida & Arte

(Foto: Julio Caesar/O POVO) Durante os quatro dias de Festival Vida & Arte, a programação de literatura  do evento recebeu 31 lançamentos de livros. O FVA também contou com nove relançamentos e um pré-lançamento. “O festival reúne praticamente todas as formas de arte, de representação artística. A literatura é uma delas, então não poderia ficar de fora. Tivemos dois espaços importantes, a Cafeteria Espiritual, com lançamentos de autores locais e saraus, e o 1º Mezanino, que também teve lançamentos de livros e debates sobre literatura com autores locais, nacionais e internacionais”, afirma Regina Ribeiro, editora-executiva da Editora Dummar.   Segundo Regina, a ideia foi de que a literatura tivesse uma expressão importante no evento e que os visitantes pudessem ter contato com a obra de escritores contemporâneos. “É importante destacar o livro da Juliana Diniz, uma jovem escritora que estreou no romance. Acredito que é uma forma de colocá-la, como escritora, e também sua li

Vanessa Ferrari, Rafaela Deiab e Pedro Schwarcz: Literatura no cárcere

Desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a  remição da pena pela leitura , 5.547 detentos foram beneficiados por esse projeto no Brasil, segundo dados de 2016 do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), sistema que reúne as informações do sistema prisional. É um número baixo, se comparado com as quase 700 mil pessoas privadas de liberdade em todo o país. A recomendação do CNJ determina que, a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias da pena. Para isso, o leitor deve escrever um resumo da obra que deve ser aprovado por um parecerista. Esses documentos seguem para o juiz responsável, que julga o pedido de remição. Medir os benefícios dessa proposta, para além da redução da pena, tem gerado debates acalorados entre os que veem na leitura ganhos efetivos para a reintegração do indivíduo à sociedade e os que a avaliam como um privilégio concedido a pessoas que, de algum modo, causaram danos à população. Sem entrar no mérito dessa d

Padre casado e esposa escrevem livro sobre experiência de abandonar a batina para casar

O teólogo Geraldo Frencken e a educadora Claudete da Silva Morais Francken escreveram relatos sobre suas vidas com o objetivo de contribuir com o diálogo sobre o relacionamento de um “padre casado”. A experiência resultou no livro “Quebrando o silêncio – um relato vivencial “. Dados mais recentes contabilizam mais de 100 mil “padres casados” pelo mundo, sendo cerca de oito mil no Brasil: homens que, com as esposas, pensam diferente sobre modelos preestabelecidos e, geralmente, pouco comentados. Para o padre Geraldo Frencken, o que o motivou a escrever foi a dificuldade de abordar esse tema em um âmbito que não fosse a igreja. “Chegamos a entender que, se esse assunto se espalhasse em termos de reflexão, as pessoas teriam outra visão a respeito disso”. Para abranger todas as linguagens, o padre comentou que – enquanto estavam escrevendo – deixavam outras pessoas analisarem o texto. “As pessoas liam e faziam algumas observações, isso servia para eu saber se o tom do livro estava

Confira entrevista com o escritor e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito

por  Diego Barbosa - Repórter O escritor Ronaldo Correia de Brito: "narrativas não são gratuitas" ( Foto: Luiz Santos ) Quando começou a esboçar seus primeiros escritos, no tenebroso Recife de 1970 - no auge da repressão da ditadura militar -, Ronaldo Correia de Brito já demonstrava o curso que ia seguir no segmento literário. Muito dessa perspectiva se deu face às vivências que coletava enquanto jovem e descobridor de um mundo diverso, povoado de indivíduos que carregavam, cada um à sua maneira, histórias próprias e narrativas dispersas. Natural de Saboeiro, interior do Ceará, e radicado em terras recifenses, o escritor, médico e dramaturgo sempre demonstrou interesse pelas relações que rompem o microcosmos de uma fala e ganham corpo a partir da experiência coletiva de diálogo com os universos intrínsecos aos seres. Em suas criações, nada é isolado do mundo. Ainda que a solidão abrace alguns personagens, eles estão sempre imersos em um arranjo histórico que os conecta

A herança de encontros e sentimentos que o Festival Vida&Arte deixa para a Cidade, os dias e as pessoas

EMOÇÃO no palco Rachel de Queiroz. Elza Soares, Milton Nascimento, Liniker, Arnaldo Antunes e diversos outros artistas se apresentaram nesse espaço, que reuniu públicos de todas as idades em shows que entraram pela madrugada MATEUS DANTAS Tudo acontecendo e se misturando ao mesmo tempo, em um espaço comum - no Centro de Eventos do Ceará: mil e uma vozes, cantos, pensamentos, expressões, preces, cores, pessoas, ancestrais, convivências, conexões, descobertas. Mais do que a junção de vida e arte, o “maior evento multicultural do Brasil”, como se fez anunciar, desenhou um mundo possível e escreveu um princípio de futuro. Em par com os 90 anos do  O POVO , o Festival Vida&Arte, realizado entre os dias 21 e 24 de junho e promovido pela Fundação Demócrito Rocha, trouxe “o bom, o belo, a alegria, a esperança”, como desejou a curadoria, convidando à paz e ao conhecimento (de si, do outro, do redor). E retribuiu, à Cidade e às gentes, as graças que o jornal recebeu. “O que me trouxe

JOÃO BATISTA, O MAIOR

Padre Geovane Saraiva* O misterioso projeto de Deus, a respeito da salvação da humanidade, passa por São João Batista, que, na alegria do seu nascimento, já deixa óbvio que somos chamados a percorrer os caminhos do Senhor. A alegria de sua vinda ao mundo é por nós comemorada desde o ventre de sua mãe, Isabel, quando Deus o tinha consagrado como o maior entre os nascidos de mulher. Desse modo, inspirados na figura do glorioso São João Batista, defensor da verdade e da justiça, que prometeu tempos bons e um futuro muito promissor para a humanidade, possamos, conscientes, olhar o mundo dos traços profundos de desigualdades, de toda natureza, vivenciados pelos filhos de Deus. Não temos dúvida de que seu nascimento é prenúncio de tempos novos e messiânicos, no anúncio da instauração do reino de Deus, sendo que a humanidade é chamada a travar um forte duelo: o de sair das trevas e experimentar, com grande disposição, a luz verdadeira, luz esta dadivosa e misteriosa, de tão be