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Mostrando postagens de setembro 16, 2018

Tudo começa com o caderno de caligrafia

Carlos Delano Rebouças Pinheiro* Quando alguém tem uma letra bonitinha, de fácil leitura e compreensão, sempre permite elogiar dizendo: que escrita bonitinha, parece letra de professor! Mas quando a escrita é feia e de difícil compreensão, remete a perguntar: que letra feia, parece de médico! Na verdade, todos nós, no início de nossas vidas escolares, somos trabalhados para aprender a ler e escrever; somos alfabetizados diante de um aprendizado como muita leitura e desenvolvimento da escrita. Entra em cena, então, o famoso caderno de caligrafia. Nessa etapa da vida escolar, a esmagadora maioria dos estudantes está bem distante de definir a escolha profissional que fará para a sua vida. Ainda não consegue chamar a atenção dos pais e responsáveis sobre seus interesses, e estes, sobre que realmente querem para seus filhos. São crianças que somente precisam ser alfabetizadas, e quando respondem sobre o que vão ser quando crescer, dizem com diversas possibilidades, desde o profes

Hackers invadem grupo de mulheres contra Bolsonaro, mas tiro sai pela culatra

16 de setembro de 2018 por Esmael Morais O grupo “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, que contava com mais de dois milhões de integrantes, começou a sofrer ataques de hackes na quinta-feira (13). O grupo foi invadido e o nome foi trocado para “Mulheres Com Bolsonaro”. O reação das mulheres é muito forte e pode causar estragos à campanha do candidato da extrema direita. As ideias ditas “machistas e homofóbicas” do candidato Jair Bolsonaro (PSL) causaram ondas de indignação nas redes sociais, levando mulheres e ativistas a combaterem o direitista. Na terça-feira (11), o Blog do Esmael noticiou que um grupo de mulheres contra Bolsonaro já tinha quase 1 milhão de integrantes.  Alguns dias depois, o grupo dobrava de tamanho, com mais de 2 milhões de mulheres. Na quinta-feira (13), Hackes apoiadores de Bolsonaro começaram a atacar o grupo. Primeiro eles ameaçaram os administradores, expondo seus dados pessoais na rede. Depois eles invadiram o grupo e mudaram o nome para

Livro conta história da mulher mais importante do cangaço

Maria Bonita foi a primeira mulher a se juntar ao bando do cangaceiro Lampião. Em uma pesquisa extensa, a jornalista Adriana Negreiros traçou o perfil dessa mulher e lançou o livro “Maria Bonita: Sexo, Violência e Cangaço”. De acordo com a jornalista, Maria Bonita não foi raptada. “Ela entrou no bando porque quis no começo de 1930”. Como Lampião era uma das pessoas mais procuradas daquela época, havia até prêmios para quem o encontrasse, ele estava na região da Bahia e ela resolveu acompanha-lo. Com isso se tornou a primeira mulher a participar do bando, sendo porta de entrada para muitas outras. “Mas, ao contrário dela, muitas foram para o cangaço à força, como foi o caso da Dadá, por exemplo”. Adriana ainda comenta que Maria Bonita não era uma mulher feminista. “Ela era empoderada, dentro do bando ela não tinha uma postura feminista, não tinha consciência da construção do gênero”. Tribuna do Ceará

Macunaíma chega aos 90 anos explorando a força da oralidade

Macunaíma, de início, causa certa estranheza. Extenso, múltiplo e fragmentado, o seu vocabulário custa a ser absorvido nas primeiras páginas: a variedade de neologismos, mitos e construções inusitadas assusta e, capítulos depois, desperta o riso no leitor. Com humor e inventividade, a ortografia "às avessas" de Mário de Andrade encontra seu deleite na dicção oral: reunindo expressões indígenas, negras, europeias e outras tantas vozes que encontrou pelo Brasil, Macunaíma é um retrato da língua brasileira em suas multiplicidades. Há 90 anos, Mário de Andrade colocava "a boca no mundo cantando na fala impura as frases e os casos de Macunaíma, herói de nossa gente". Na poesia, no conto, na crítica literária e na pesquisa musical, o escritor era muitos: "Eu sou trezentos... sou trezentos-e-cinquenta", escreveu no seu Remate de Males, livro de poemas de 1930. Autor também de Paulicéia desvairada" e "Amar, Verbo Intransitivo", Mário buscava, a