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Mostrando postagens de setembro 15, 2018

Pesquisador cearense fala sobre a recuperação do acervo

O prédio do Museu Nacional do Rio de Janeiro está interditado desde o incêndio para a realização de perícia policial ( Fotos: Tânia Rego e Tomaz Silva/ Agência Brasil ) Duas semanas após o incêndio que acometeu cerca de 20 milhões de itens do bicentenário Museu Nacional do Rio de Janeiro, ainda não se pode dimensionar tudo que se perdeu, tampouco o que poderá ser recuperado. Com um inquérito policial instaurado, apenas a Polícia Federais e Bombeiros estão autorizados a entrar no prédio. Arqueólogos, técnicos e funcionários poderão adentrar no palácio imperial para procurar itens que tenham resistido à tragédia somente ao final da perícia. A situação é preocupante, como aponta o pesquisador cearense Evandro Bonfim, vinculado ao setor de Linguística do Departamento de Antropologia Social do Museu Nacional do Rio de Janeiro desde 2012. "Está tendo uma restrição das informações. A assessoria tem pedido para pesquisadores não falarem nada, o que é injusto porque são eles que con

14 etnias não têm seu idioma original preservado no Estado do Ceará

por  Roberta Souza - Repórter Abaixo, detalhe da pintura corporal dos povos Pataxós, do sul da Bahia, cujo acervo linguístico foi atingido Quando uma língua morre, um mundo possível morre com ela" - alertou-nos certa vez o crítico literário franco-americano George Steiner. Diante desse parâmetro, o incêndio que reduziu a pó o acervo de línguas indígenas do Museu Nacional do Rio de Janeiro - incluindo gravações desde 1958 e cantos em muitas línguas sem falantes vivos - levou consigo muito mais do que palavras. O fogo que se alastrou pelo prédio da Quinta da Boa Vista dizimou (pela segunda vez) a memória dos povos originários do Brasil, e também algumas possibilidades - agora mais remotas - de reconstrução. Registros daqueles que viveram no Nordeste brasileiro - inclusive no Ceará - também se perderam na tragédia, queimando-se, portanto, uma ponte que ligava o presente ao passado. É o que conta o cearense Evandro Bonfim, graduado em Comunicação Social pela Universidade Fede

Bibliotecas da Capital reinventam para gerar conhecimento

Olhando do lado de fora não dá para se ter noção da imensidão de conhecimento que a Biblioteca Pública Dolor Barreira semeia. Localizada na Avenida da Universidade, bairro Benfica, e com um acervo de 35 mil livros, entrar no equipamento é descobrir mundos novos. Ao visitar as sete seções do local, que vão de braille até história do Ceará, é fácil ficar boquiaberto com a variedade de obras e atividades que a biblioteca promove. Longe de serem apenas espaços para estudo e empréstimo de livros, as bibliotecas se reinventaram para conquistar os diversos interesses do público variado. Atualmente, três equipamentos são administradas pelo poder municipal de Fortaleza: a Dolor Barreira, a Biblioteca Infantil Herbênia Gurgel, localizada no Conjunto Ceará; e a Biblioteca Pública Municipal Cristina Poeta, no bairro Autran Nunes. De acordo com a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), a maior demanda das três unidades é por empréstimo de livros, todas tendo uma média de 1.500 emprésti

'Histórias do Tatu'

Paulo Eduardo Mendes* O título desta crônica lembra livro infantil. Não é. Trata-se de produção literária de Emerson Monteiro. O autor de "Histórias do Tatu" tem um precioso roteiro de reminiscências que surgiram encadeadas na formação da bela história de vida, oriunda de Lavras da Mangabeira. Emerson divisa horizontes do seu caminhar, desde menino pelas terras do sertão cearense. Sensibilidade à flor da pele para narrar atos e fatos do seu viver, "entre o mundo agrário e o urbano". Estabelece limites dicotômicos na sua rica descrição dos detalhes captados pela sua verve de escritor inato. "Histórias do Tatu" surpreendendo pelo valor agregado de estilo miscigenado de quem pisou no solo árido até aportar na cidade grande. Sentimentos universais pairam no livro relato, que não é autobiográfico por ousar o voo mais alto, capaz de divisar horizontes do "sertão de outrora". Revelações que se não podem apagar da retentiva, para perpetuar os temas