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Mostrando postagens de fevereiro 25, 2019

Pesquisa e registros

Por  Paulo Eduardo Mendes - Jornalista Recebemos expressivo compêndio vindo da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. O título da obra: "Governadores do Ceará - Registros Biográficos". Um memorial de rara relevância. De logo, identificamos o organizador de tão rica publicação. Rica em caracteres históricos que só a sensibilidade de um escritor do porte de Osmar Maia Diógenes tem o condão de comandar em trabalho de pesquisa e contextualização da mais alta respeitabilidade literária. A história política do Ceará em memoráveis registros. Livro para ocupar as estantes dos interessados em conhecer os vultos, as personalidades que administraram e administram estas plagas do imortal José de Alencar. Trabalho de fôlego num ordenamento vindo das luzes do saber de quem respira literatura por todos os poros. Osmar Diógenes é o condutor certo de obras deste jaez. Une talento e amor à grandeza política que nos rodeia. Sabe joeirar o que de valia deve ser condensado em livro

Patativa do Assaré: 110 anos de palavra viva

Por  Melquíades Júnior,   melquiades.junior@diariodonordeste.com.br Há 110 anos nascia Antônio Gonçalves da Silva, poeta magistral sertanejo que, na forma de Patativa, versou as verdades dos muitos brasis de universal Nordeste. Respeitado por sua genialidade, faz menos falta do que devia, pois sua palavra é viva "Vão na frente que eu vou atrás. Levando as traia". Era o fim da meia-jornada. O agricultor brocou cedo a terra. Saiu cedinho, quando o sol entrou. Belinha coou o café pra viagem do marido com os filhos até o pedaço de roça. Quem vive no sertão brabo de enxada na mão não tem tempo de sentar. A depender do destino, o chão batido vira mesa, cama e até altar, envolto pelo roçado. Sertão só sabe quem vive. Chover é dúvida. Certeza, só na fé. Planta sem saber. Mas perto da hora do almoço junta tudo, todos, e vai embora. Inês é encucada: - Pai toda vida só vai atrás da gente, sozinho. Num quer ir junto, diz, olhando pra trás e vendo o silêncio. Em m

Nova edição de "Grande Sertão: Veredas" chega ao mercado ampliando perspectivas sobre o romance

Por  Diego Barbosa,   verso@verdesmares.com.br   Clássico de João Guimarães Rosa foi publicado pela primeira vez em 1956; agora, ganha reedição pela Companhia das Letras, em versão simples e de colecionador O fio que percorre trajetórias no bordado, a exemplo do que você vê na capa da edição do caderno Verso desta segunda-feira (25), é o mesmo capaz de atravessar o tecido e garimpar histórias, ressignificando minúcias de narrativas atemporais. Em delicado ou grosseiro relevo, são essas tramas que escancaram a influência de  gênios incontornáveis  e conferem novo fôlego a pautas e sentimentos, atestando o poder da literatura além-livro. " Grande Sertão: Veredas " ocupa um lugar privilegiado no que toca a essa seara. Publicado em 1956 por  João Guimarães Rosa  (1908-1967), o romance experimental modernista que apresentou Riobaldo e Diadorim ao mundo é um dos maiores cânones de nossas letras, fonte inesgotável de novos olhares por parte de pesquisadores, crítico

Exposição mostra transformações no hipercentro de BH

Imagens capturam os primeiros passos da modernização da capital. Imagens capturam os primeiros passos da modernização da capital. (Wilson Baptista) A  CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais  recebe a exposição  Wilson Baptista - Urbano Fotográfico , um recorte com 44 fotografias em preto e branco do acervo, estimado em cerca de trinta mil negativos, do belo-horizontino Wilson Baptista. Por meio do olhar do fotógrafo, é possível perceber as transformações urbanas, arquitetônicas e sociais que ocorreram no centro da capital mineira entre as décadas de 1930 e 1960, visitando micro histórias nas práticas e acontecimentos públicos. Com curadoria de Paulo Baptista, fotógrafo, professor e filho de Wilson, a exposição traça não só uma linha do tempo da singularidade cotidiana de Belo Horizonte, mas possibilita, também, encontrar formas e composições autônomas derivadas de objetos familiares que se transformam em belíssimas torres e geometrias dos altos edifícios. Segundo M

Mulheres e minorias têm avanço tímido em Hollywood, revela estudo

As minorias representam 40% da população em geral, enquanto as mulheres são 50%. Atores de "Pantera Negra" foram premiados pelo sindicato dos atores com o SAG de melhor elenco. (GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP) As mulheres e as minorias abriram mais espaços em Hollywood, mas continuam sub-representadas na indústria do entretenimento, indicou um estudo divulgado. O "Informe [anual] de diversidade de Hollywood", o sexto publicado pela prestigiosa universidade UCLA de Los Angeles, examinou 200 filmes em 2017 e 1.360 programas transmitidos pela televisão ou plataformas digitais na temporada 2016-17. O estudo, publicado a três dias da entrega dos prêmios Oscar, abarcou também a contratação de mulheres e minorias tanto diante quanto por trás das câmeras em 12 trabalhos importantes, como protagonistas, diretores e roteiristas. "Por trás das câmeras e diante delas, os avanços para as pessoas de cor [como são denominados nos Estados Unidos aqueles que não sã