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Mostrando postagens de janeiro 2, 2019

Uma Noite de 12 Anos e a literatura de Rosencof

Cena de “Uma Noite de 12 Anos” (Foto Divulgação) Agora que o filme uruguaio “Uma Noite de 12 Anos” (trailer abaixo), que retrata os anos de cativeiro de José “Pepe” Mujica, Eleuterio Fernández Huidobro ( 1942-2016) e Mauricio Rosencof, três integrantes da guerrilha tupamaros, durante os anos da ditadura uruguaia na década de 1970 e 1980, está disponível no Netflix, vale a pena chamar a atenção a outros aspectos da história. No Brasil, onde os dois outros personagens são pouco conhecidos e o atrativo mais comum do filme é a história do ex-presidente Mujica, valeria a pena, numa segunda mirada, observar e prestar um pouco mais de atenção na trajetória de cada um dos outros dois que foram feitos prisioneiros co m ele. Até porque, mostra que a tentativa de seus torturadores, que diziam que “já que não pudemos matá-los, vamos enlouquecê-los” não funcionou. Foi todo o contrário. Fernández Huidobro, chamado de El Ñato (o que faz o gol imaginário no pátio do cativeiro) foi depo

Escritores cearenses sugerem obras para ler em 2019

Por Diego Barbosa,  verso@verdesmares.com.br  Mailson Furtado, Tércia Montenegro, Antônio LaCarne e Nina Rizzi listam algumas de suas obras literárias preferidas Da esquerda para a direita, os escritores Mailson Furtado, Tércia Montenegro, Antônio LaCarne e Nina Rizzi Fotos: Helene Santos, Filipe Sales e JL Rosa A pergunta é simples:  quanto tempo você dedicou à leitura no ano que passou?  Os números esboçados pela mais recente pesquisa no ramo a nível nacional não são nada animadores. Desenvolvido em março de 2016 pelo Instituto Pró-Livro, o levantamento apresentou que o brasileiro lê, em média, 2,43 obras por ano. E mais: 30% da população nunca sequer comprou um livro. As estatísticas relacionadas à acentuada desigualdade social do País e os baixos índices de escolaridade de uma boa parcela da população colaboram para o cenário – 11,8 milhões de pessoas ainda são analfabetas no Brasil, conforme dados de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Documentário que conta história de Maria Bethânia no Carnaval estreia em fevereiro

O documentário “ Fevereiros “, sobre a vida de  Maria Bethânia , estreia no próximo dia 7 de fevereiro. Dirigido por Marcio Debellian, o longa acompanhou Bethânia com o vitorioso desfile da Mangueira em sua homenagem, em 2016. Filme mostra a construção do carnaval da escola de samba, dos desenhos das primeiras alegorias aos desfiles na avenida. “O que me interessou desde o início, independente do resultado que o carnaval viria a ter, foi o recorte que a Mangueira escolheu para o enredo. Entre as inúmeras possibilidades de se homenagear Maria Bethânia, a escola escolheu tratar da sua devoção religiosa, do seu sincretismo pessoal que junta o candomblé, devoção católica e sabedorias herdadas dos índios”, afirma o diretor Marcio Debellian por meio da assessoria. O longa entra no ambiente familiar de Bethânia, no Recôncavo baiano e mostra a religiosidade e as festas de Santo Amaro da Purificação, cidade natal da artista. Neste trânsito entre o Rio de Janeiro e a Bahia, “Fevereiros” d

Quando você se sente sozinho, para onde direciona seu afeto?

Uma animação de 2 minutos que vale uma reflexão crítica O curta-metragem de animação “O Menino e o Robô”, de Alexandre Jun, nos faz refletir sobre a realidade e os recursos em que estamos direcionamento nosso afeto. Qual a melhor rota de fuga quando a realidade se mostra cada vez mais fria e desumana? Vale a reflexão. ——— (Se não conseguir visualizar o vídeo,  clique aqui ) via  Contioutra

Roma: um filme para contemplar

Disponível na Netflix, o mais recente filme do vencedor do Oscar Alfonso Cuaron é um grande elogio a uma jovem empregada que ajudou a criá-lo Clique aqui para abrir a galeria de fotos Roma é o mais recente filme do mexicano Alfonso Cuarón, vencedor do Oscar de melhor diretor com Gravidade. Está disponível na Netflix. Mas não se deixe enganar pelo título. O filme de Cuarón não está centrado na capital italiana, mas em um bairro mexicano que leva o mesmo nome, no qual o diretor passou boa parte de sua infância. De fato, Roma é uma memória grandiosa (em preto e branco) da Roma em que Cuarón viveu quando era criança, na qual as mulheres ocupam o lugar principal. Os críticos e o público, quase ao mesmo tempo, aplaudiram Roma. Parece que há poucos aspectos negativos a sinalizar. E, se contemplarmos o filme nas condições certas (é preferível contemplá-lo a meramente assisti-lo), será possível perceber que, apesar do roteiro simples, o filme de Cuarón acaba tendo algo hipnótico.