Carlos Delano Rebouças* Desde a minha época de faculdade, aquele outro nível de formação que achava ser totalmente diferente do antigo segundo grau de que me despedia, ainda busco entender como se desenha o perfil do estudante do ensino superior, que acreditava não ser da forma como imaginava. Já se passam 25 anos de minha entrada na faculdade de Letras da Universidade Estadual do Ceará, e posterior formatura em cinco anos decorridos, e ainda vejo nas ruas e nas faculdades e em seus arredores muitos estudantes com o mesmo padrão de minha época: despojados, de cabelos e barbas longas; vestidos de camisetas com frases de efeito e imagens de revolucionários; ou mesmo, aparentemente de acordo como a sociedade exige, porém, com um pensamento muito distante do que se pensam aqueles que não defendem a liberdade de expressão para a construção de um país mais democrático. São figuras que se perpetuam no tempo, representando uma massa de estudantes que se enxergam diferentes, com uma ma
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza