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Mostrando postagens de junho 11, 2018

PERFIL DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO

Carlos Delano Rebouças* Desde a minha época de faculdade, aquele outro nível de formação que achava ser totalmente diferente do antigo segundo grau de que me despedia, ainda busco entender como se desenha o perfil do estudante do ensino superior, que acreditava não ser da forma como imaginava. Já se passam 25 anos de minha entrada na faculdade de Letras da Universidade Estadual do Ceará, e posterior formatura em cinco anos decorridos, e ainda vejo nas ruas e nas faculdades e em seus arredores muitos estudantes com o mesmo padrão de minha época: despojados, de cabelos e barbas longas; vestidos de camisetas com frases de efeito e imagens de revolucionários; ou mesmo, aparentemente de acordo como a sociedade exige, porém, com um pensamento muito distante do que se pensam aqueles que não defendem a liberdade de expressão para a construção de um país mais democrático. São figuras que se perpetuam no tempo, representando uma massa de estudantes que se enxergam diferentes, com uma ma

Em parceria com o Porto, Secult lança “Fotopoéticas: Programa de experimentações fotográficas”

O Programa de Fotopoéticas consiste numa plataforma de criação, formação e exibição, tendo como base a fotografia e sua interseção com as demais áreas de conhecimento Tendo como eixo conceitual a Fotografia e seus cruzamentos com as demais linguagens artísticas, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), em parceria com a escola Porto Iracema das Artes, lança o “Fotopoéticas”, um programa de experimentações e invenções fotográficas. Na próxima terça-feira (12), às 19h, o programa será apresentado ao público pela equipe idealizadora constituída por Ângela Ferreira e Iana Soares. O evento é aberto ao público e será uma oportunidade de conhecer a abrangência de formações e criações que o programa pretender realizar. A entrada é totalmente gratuita. Configurando-se como um espaço aberto às mais diversificadas experiências artísticas, o “Fotopoéticas” vai contemplar cursos, residências, workshops e seminários que compreendam a ligação da fotografia com outras áreas de conhe

A barbárie, o suicídio e o jornalismo; temas para literatura e psiquiatria

Para ler ao som de Alucinação, de Belchior. Cena 1: Cosme de Farias, bairro de Salvador. Uma menina de 16 anos vai dormir. Acorda de madrugada, num quarto muquifo que poucos são capazes de imaginar (mas tem foto no jornal), pega seu bebê de quatro meses que dormia sobre uma cama improvisada ao nível do chão, feita de uma velha cadeira de praia dobrada e forrada com um pedaço de espuma velha suja, sobe para uma laje, joga-o dentro de um tanque d’água desses que a gente vê aos milhares na paisagem da periferia. Assiste ao bebê debater-se na água escura e fria até morrer e volta a dormir ao lado do que a imprensa nomeou como companheiro e microempreendedor, um homem de 52 anos. A razão, segundo ela, para o filicídio: o companheiro a mandou sair da internet, à meia-noite, porque ela tinha que levar o bebê para tomar vacina pela manhã. Façam as contas: aos 16, a menina que cometeu o filicídio já tinha um bebê de quatro meses, filho de um homem que o abortou. Ou todo mundo aqui faz questã

Amantes da literatura pesquisam coletivos de leitura em Pernambuco

Por:   Osnaldo Moraes Um dos organizadoras da pesquisa, o Clube de Leitura Floriterárias realizou seu 24º encontro em maio, no Sesc Santo Amaro, Região Centro do Recife. Um animado grupo que se define como Liga de Leitoras e Leitores de Pernambuco inicia um processo que pode revelar uma realidade que seria considerada extemporânea em tempos de muita fixação em mídias digitais: a multiplicação de clubes e grupos literários. São coletivos de pessoas que não se contentam em apenas ler livros, mas querem conversar e debater sobre temas relativos aos livros e à literatura, colocando em xeque posicionamentos taxativos de quem se atreve a prever fim de publicações impressas. “Queremos mobilizar um encontrão de clubes de leitura”, diz Anita Presbitero, do Clube de Literatura Floriterárias, que realiza reuniões mensais. Para tentar viabilizar o “encontrão”, a Liga criou um formulário virtual e pede que cada integrante de clube multiplique a divulgação para alcançar a maior quan

Vestígios de engenhos do Cariri podem ser reunidos em museu

O equipamento inglês do Engenho da Lagoa Encantada foi um dos primeiros ( Fotos: Antonio Rodrigues ) Crato/Barbalha . Autores divergem quanto à chegada do primeiro engenho de cana-de-açúcar ao Cariri. Um diz que foi em 1718, no Sítio Salamanca, em Barbalha, por Antônio de Souza, bisavô de Bárbara de Alencar. Outros, acreditam que a chegada só aconteceu em 1735, no Sítio Santa Tereza, entre Barbalha e Missão Velha, tecnologia trazia pelo sergipano José Paes Landim. Independentemente disso, a economia açucareira foi importante para região, é tanto que batizou o “Cratinho de Açúcar” e também é parte da identidade barbalhense, a terra dos “Verdes canaviais”. Os engenhos se perdem no tempo e, aos poucos, na memória. Em Barbalha, apenas cinco engenhos se mantêm com a produção de cana-de-açúcar. Destes, dois fabricam somente rapadura e, os outros três, além do doce, fazem cachaça, batida e alfenim. Todos trabalhando por encomenda. Na Usina Manoel Costa Filho, a paisagem foi ocupada por

Bruna Lombardi defende empoderamento pessoal em palestra no Festival Vida&Arte

Atriz, poeta, escritora, apresentadora, roteirista, produtora, palestrante e ativista ambiental. Bruna Lombardi é múltipla e está prestes a desembarcar em Fortaleza com todas essas temáticas e sensações. Ela integra a programação do Festival Vida&Arte, realiza a palestra Felicidade e lança os livros Poesia reunida, Clímax e o Jogo da felicidade. Será na Sala Laranja, no sábado, 23, às 17 horas. O objetivo da fala da artista é trazer uma reflexão sobre as escolhas pessoais de cada um. Munida de espiritualidade e iluminada pelo líder espiritual Sri Prem Baba, a artista aborda de uma forma inspiradora conteúdos relacionados a empoderamento, qualidade de vida, atitude positiva, mindfulness, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e autoconhecimento. Já são dez livros no currículo nos quais passeiam por temas como sexo e equilíbrio espiritual. Bruna também produziu e apresentou, durante dez anos, o programa Gente de Expressão, atração cuja proposta sempre foi viajar pelo mun

Dragão do Mar celebra o centenário de Nelson Mandela com abertura de exposição inédita no Brasil

Até 30 de julho, no Museu da Cultura Cearense, a mostra  “Mandela: de Prisioneiro a Presidente”  apresenta a trajetória do líder sul-africano. A abertura da exposição, concebida pelo Museu do Apartheid de Joanesburgo, é fruto de parceria entre o Instituto Dragão do Mar e o Instituto Brasil África e conta com patrocínio da Secult-CE. Na rota de circulação de importantes exposições de artes visuais, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, abrirá para visitações, no dia 20 de junho, a partir das 10h, no Museu da Cultura Cearense, a exposição “Mandela: de Prisioneiro a Presidente”. Com acesso gratuito, a mostra ainda inédita no Brasil reúne 50 painéis com fotos e 9 peças audiovisuais que contam a trajetória do líder sul-africano, em celebração ao seu centenário, em julho. A mostra traça o percurso da vida de Mandela desde o início do ativismo contra Apartheid, regime racista do governo sul-africano que negava à população neg

Filme Construindo Pontes é o grande vencedor do 20º Fica, em Goiás

Por unanimidade, o filme  Construindo Pontes  foi o vencedor do 20º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), da Cidade de Goiás, com o Grande Prêmio Cora Coralina, no valor de R$ 100 mil. Dirigido pela paranaense Heloísa Passos, com sensibilidade, o documentário de 73 minutos aborda o dualismo político a partir das posturas incisivas da própria diretora e de seu pai, Álvaro. “É uma imersão e uma entrega, onde estou atrás e na frente das câmeras com meu pai”, disse ela. Construindo Pontes  deu a Heloísa Passos o troféu Júri Jovem e o prêmio Cora Coralina para o melhor filme do 20º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental. -  Marcelo Camargo/Agência Brasil A discussão do filme surge a partir de uma coleção de filmes em Super-8 com imagens das Setes Quedas, no Paraná, paraíso natural destruído no início dos anos 1980, para a construção da Usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo. Lembrar a construção da usina, realizada no auge do regime mi