Carlos Delano Rebouças* Nos livros de História ou nas inúmeras enciclopédias que se enfileiravam na antiga estante colonial da sala de estar da casa dos meus pais, onde nasci e me criei, pude saber, embora na visão de determinados autores e editoras, muito do que aconteceu no Brasil e no mundo. Era, aliás, ainda desejamos que seja, a grande oportunidade de sabermos o que de fato transcorreu ao longo do tempo que nos embase para discussões e reflexões sobre novos rumos que a sociedade vem tomando na modernidade. Encantava-me conhecer a história das civilizações; as diversas fases de um Brasil que ora foi colônia, ora república das mais diferentes classificações; os diversos governos que tivemos; batalhas e lutas por independência, um longo período que parece não se acabar, apenas diversificando as cores, raças e classes, de escravidão, que parece querer voltar (já voltando), ante o sepultamento dos direitos que um tal de Vargas nos deixou. Tantos fatos que me levam ao êxtase.
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza