Carlos Delano Rebouças* A vida é bela. Tema de filme, não é? Sim, inclusive vencedor de Oscar, ao retratar a forma como um pai espirituoso conseguiu lidar com os horrores de um campo de concentração, cuidando de seu filho, para que o mesmo não percebesse aquele universo de desumanidade. Roberto Benigni foi maravilhoso na sua interpretação. Fantástico numa postura exemplar de um pai que protege o filho de forma sábia e inteligente, num esforço descomunal para adjetivar a vida, como o próprio título do filme apresenta: A Vida é bela. Muitos não enxergam assim – que a vida não é tão bela quanto Benigni enxergou em seu personagem – pelo contrário, apresentam sempre motivos para ser adjetivada de forma negativa, ou pelo menos, vista com atributos que não estimulam tanto otimismo. Guido Orefice, personagem principal do filme, teria todas as razões para se entregar à tristeza, levando consigo seu filho, não é? Preferiu esforçar-se como um verdadeiro ator revelado na figura de u
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza