Padre Geovane Saraiva* A ressurreição do Senhor quer tirar a convicção de muitas pessoas: a de se estabelecerem neste mundo como se fosse a única pátria. O apóstolo Paulo vem nos dizer que se deve ocupar as realidades terrenas, sim, mas sem empecilho algum para os que abraçam a fé no ressuscitado, de um coração voltado para as realidades duradouras, ímpares, sem igual e definitivas, com o pensamento nas coisas do alto e não nas da terra (cf. Cl 3, 1-2). À luz do Senhor ressuscitado, que saibamos dizer um “não” à montanha da autossuficiência, do preconceito, do egoísmo e do orgulho, surpreendendo-nos no que humanamente é inaceitável, o Deus encarnado na História das pessoas, no seu amor, redentor e libertador. Na Páscoa do Senhor fica o grande convite aos fiéis: de participar do banquete, na mesa com Cristo ressuscitado, mesa essa em que ele mesmo é o alimento e a bebida. A Páscoa na sua plenitude consiste numa vida toda de alegre esperança, porque o Senhor que estava morto
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza