Padre Geovane Saraiva* A Igreja sempre contou com a imagem do pelicano, pássaro que na Europa Medieval era considerado animal singularmente zeloso. Ele alimentava os filhotes com o alimento tirado da sua própria bolsa e, se chegasse a faltar alimento, esse pássaro, numa maneira inaudita e divina de proceder, os alimentava com o próprio sangue. Vemos, na personificação do quadro abaixo, o abraço e a configuração: Pelicano e Eucaristia. Diante disso, temos o belíssimo comentário de São Jerônimo, sobre o Salmo 102, na seguinte assertiva: “Sou como um pelicano do deserto, aquele pássaro bom que fustiga o peito e alimenta com o próprio sangue os seus filhos”. Ele é o símbolo da obediência da entrega do Filho de Deus, o qual nos convida, com Ele, a nos configurarmos. O pelicano quer representar todos os que abraçam o mistério da salvação, numa atitude totalmente solidária, deixando-se conduzir pelo espírito de Deus, a caminho da glória. Quão enorme é a simbologia do pelicano, isto
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza