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Mostrando postagens de março 21, 2019

João Carlos Marinho, o gênio dos livros

Marcos Peres, Especial para O Estado de S. Paulo Que os colégios priorizem a decoreba de afluentes do Volga e fórmulas químicas à formação do leitor de ficção, não há dúvidas. Também, pouco se questiona que as leituras, ainda infantis, sofram um baque com o ingresso do estudante no ensino médio; e de repente se tornem “crivo de avaliação” para o ingresso do aluno em uma Instituição de Ensino Superior.  Entre as fábulas infantis e os “romances sérios” nascidos aos borbotões no Ensino Médio, há um deserto agreste e assassino de futuros leitores. De um dia para o outro, jovens acostumados com corvos falantes e lições de moral são levados para o centro do cânone literário brasileiro. O Cabo Alencar e seu arsenal romântico foram, sem dúvida, causa de uma chacina imensa na minha turma de ensino médio. Fórmulas mnemônicas, naquele momento, deram conta de explicar mapas, dinastias e regras de crase, mas incapazes de trazer para os dias atuais um livro como A Pata da Gazela. Aos quinz

Capela revestida por milhares de ossos é ponto turístico excêntrico em Portugal

Por  Germana Cabral ,  germana.cabral@diariodonordeste.com.br   A Capela dos Ossos é uma das atrações da região do Alentejo cuja capital, Évora, ganhou título de Patrimônio Mundial da Humanidade Acima da porta de entrada, um aviso a todos pobres mortais que incluíram no seu roteiro uma das atrações da região do Alentejo, em Portugal: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos". Parece sinistro, fúnebre, até de mau gosto. A  Capela dos Ossos de Évora , porém, é um convite à reflexão sobre a morte e, especialmente, sobre a vida.  Imagine um templo com  paredes e pilares totalmente revestidos com milhares de ossos  humanos. Dependendo da sua relação com a finitude, pode não ser convidativo inclui-lo entre locais a conhecer nesta encantadora região, localizada a pouco mais de uma hora de carro de Lisboa.  Confesso que só me arrisquei nessa imersão na segunda visita a  Évora . E valeu muito a pena. Pela singularidade e, acima de tudo, pelos momentos de cont

Americana é a 1ª mulher a vencer importante prêmio de matemática

Pela primeira vez, uma mulher será agraciada pelo Prêmio Abel de Matemáticas 2019, segundo a Academia Norueguesa de Ciências e Letras. A pesquisadora norte-americana Karen Uhlenbeck, de 76 anos, estuda equações derivadas parciais. O trabalho dela também estabelece as bases para modelos geométricos contemporâneos em matemática e física. Referência também na luta pela igualdade de gênero nas ciências e matemática, Karen Uhlenbeck é co-fundadora do programa Women and Mathematics do Instituto (WAM), criado em 1993 para recrutar e capacitar mulheres para liderar em pesquisa matemática em todas as fases de suas carreiras acadêmicas. Karen Uhlenbeck é agraciada com o Prêmio Abel 2019 -  Andrea Kane/Institute for Advanced Study Atualmente, Karen Uhlenbeck é pesquisadora visitante em pesquisas na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, membro associado no Instituto de Estudos Avançados (IAS). A norte-americana é uma das fundadoras do Instituto de Matemática Park City (PCMI