por Paulo Pontes Foto: Arquivo pessoal CHEGADA De camisa de malha, mangas longas, coincidindo com as cores do Bahia, cheguei a Salvador no sábado de carnaval de 1970, na antiga rodoviária perto das Sete Portas. Às 16h, em frente ao Elevador Lacerda, deveria me dirigir a um cidadão de chapéu de palha e dizer uma senha, que obteria uma contrassenha. Fui andando, carreguei minha bagagem durante todo o percurso até a Ladeira da Praça. Apenas as roupas e nenhum livro. Iria encontrar um desconhecido, de chapéu de palha. Me preparei para ficar perdido. Durante todo o percurso a pé, fui saudado por muitos indivíduos de chapéu de palha: “e ai baêeea?”, que só depois vim compreender ser uma saudação pelas cores da minha camisa. Tomei a primeira cerveja na Bahia, para fazer hora, em um boteco nas proximidades do Corpo de Bombeiros e subi a Ladeira da Praça para o encontro. Muitos mascarados com a vestimenta típica da época (morta
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza