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Mostrando postagens de fevereiro 22, 2019

Podcast: Sátira Romana

Entrevista com Alexandre Hasegawa e Fábio Cairolli. Estado da Arte   OUÇA:   Todos intuímos o que é uma sátira: um humor crítico ou uma crítica humorada, ora agressiva ora alusiva, contra as hipocrisias das pessoas, costumes, ideologias, literatura e o resto de cena social. Nesse sentido genérico, a sátira é provavelmente tão antiga quanto o gênero humano e onipresente em seu mundo – quem não tem entre seus amigos um mestre da sátira? Como disse o satirista moderno H.L. Mencken “O panorama diário da existência humana, da loucura privada e comunitária … é tão desordenadamente grosseiro e disparatado … que somente um homem nascido com um diafragma petrificado pode não rir para si a fim de dormir todas as noites”. A sátira vive para zombar da principal definição que Aristóteles dá do homem, o “animal racional”, mas é um impulso tão universal que ilustra como ninguém as outras duas, a de “animal político” e “animal que ri”. Não por acaso, quando a política no mundo

Banda mistura clássicos dos Beatles e literatura de cordel em show no Sesc Piracicaba

A banda Beatles Cordel se apresenta a partir das 20h desta quinta-feira (21) no Sesc Piracicaba (SP). O espetáculo mistura a literatura de cordel, zabumba, sanfona e triângulo em clássicos da banda inglesa. A apresentação é gratuita e os ingressos devem ser retirados no dia a partir das 13h30 nas bilheterias da unidade.   Banda Beatles Cordel se apresenta no Sesc em Piracicaba — Foto: Sesc/Divulgação Segundo a produção, o espetáculo conta com um cenário que mistura realidade e fantasia, música, poesia e teatro. No enredo, os "Beatles do sertão" dividem o palco com seu “Quité”, um matuto poeta que é arrebatado pela banda inglesa. Ele decodifica e constrói o grupo na sua imaginação e, com a linguagem do cordel, divide descobertas e materializa a banda. O show faz parte do  projeto “Beatles 3x4”, que começou no início de fevereiro  com exibição de filmes que revivem a história da banda e conta ainda com a exibição de um documentário e a apresentação de ma

Literatura e refúgio são temas de curso na Casa Guilherme de Almeida

A escritora, pesquisadora e tradutora Francesca Cricelli ministrará o curso “Literatura e Refúgio”, que aborda alguns autores contemporâneos brasileiros e mundiais que trabalham nas obras questões de exílio, estado de refugiado e a condição de estar entre culturas e histórias migratórias. A atividade será realizada pela Casa Guilherme de Almeida, de 26 a 28 de fevereiro, das 19h às 21h. Os interessados podem realizar a   inscrição pela internet   até 26 de fevereiro (62 vagas). Durante o curso, os alunos analisarão publicações dos autores Atiq Rahimi, Igiaba Scego, Abdellah Taïa, W. G. Sebald, Julián Fuks, Caarola Saavedra, em um recorte que vai além do testemunho e trabalha a articulação entre o autobiográfico e a ficção. No último encontro, haverá um diálogo com autores que se encontram no Brasil em condição de exílio ou refúgio. A atividade poderá contar como crédito de horas para o Programa Formativo para Tradutores Literários. A  programação também está disponível para con

Lidia Babinski produz bonecas de corpo, alma e pano

Por  Honório Barbosa,   verso@verdesmares.com.br   Em Várzea Alegre, a artesã desenha, modela, corta, costura e finaliza as criações com bordados que definem as expressões e embelezam as roupinhas   A arte popular de confeccionar bonecas de pano, que esteve presente durante décadas nas feiras das cidades do sertão cearense, renasce pelas mãos da artesã Lidia Babinski, moradora do sítio Exu, na zona rural de Várzea Alegre. As peças coloridas e bem-acabadas retratam mulheres adultas e despertam a atenção de quem conhece a produção ainda incipiente. Até agora, a artesã tem resistido à pressão de amigas para produzir em maior escala, visando à comercialização, e também para exposição em espaços de artes na Capital cearense. Aos poucos, a dona de casa percebe que é uma verdadeira artista popular, ganhando gosto e ampliando a produção feita no seu ateliê, instalado em um dos cômodos da casa.   Faço as bonecas sem compromisso, gosto dessa ocupação, é maravilhoso fazer,

Frases para reflexão

Por  Gonzaga Mota - Professor aposentado da UFC Segundo Voltaire, “Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males”. Muitas vezes, refletir sobre uma simples frase pode ser mais importante do que a análise de um texto consubstanciando ideias sofisticadas e de difícil interpretação.  Falar ou escrever demonstrando saber por vaidade é fácil; no entanto pensar de forma justa e criteriosa é um desafio comportamental significativo ligando à formação ética e moral de uma pessoa. Infelizmente, pode acontecer que decisões sejam tomadas sem uma base reflexiva, mas ao sabor das ondas e distantes do sentimento da solidariedade.  Por sua vez, afigura-se importante a liberdade de pensamento, pois ninguém – só Deus – é dono da verdade. Assim disse Victor Hugo, “admiro as pessoas que pensam, mesmo aqueles que pensam diferente de mim”. Dentro desta linha de referência, desenvolvemos 10 pensamentos para o leitor meditar e, concordando ou n

Colecionador brasiliense doa 2 mil insetos ao Museu Nacional do Rio

A sala de jantar do médico Luiz Cláudio Stawiarski está tomada por insetos. Sobre a mesa, quadros entomológicos exibem as mais variadas formas de aranhas, besouros e libélulas. Um móvel de madeira posicionado ao lado da mesa reúne gavetas de borboletas e mariposas. Ao todo, são 2 mil insetos que, neste sábado (23) serão doados ao Museu Nacional do Rio de Janeiro para ajudar na reconstrução do acervo, destruído por um incêndio de grandes proporções, em setembro do ano passado. “Vejam, borboletas de asas verdes, elas são muito raras. E esta, a maior espécie de mariposa encontrada no Brasil”, diz Luiz Cláudio, enquanto exibe orgulhoso a coleção. Ele é filho de Victor Stawiarski, professor de biologia, que por 30 anos, a partir de 1940, deu aula no Museu Nacional. Os insetos, paixão do pai que faleceu em 1979, foram coletados tanto pelo pesquisador quanto pelo médico no Rio de Janeiro, Paraná e Pará. O acervo têm hoje, portanto, entre 30 e 40 anos. O material que está na casa do médic