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Mostrando postagens de julho 9, 2020

NOVAS ROTAS DAS IGREJAS APÓS O COVID-19?

Envio, em português e italiano, meu artigo publicado, 10.06.2020, no jornal O Povo de Fortaleza. *Pe. Ermanno Allegri* Em plena pandemia, há gente de igrejas tomada pelo frenesi de ‘voltar à normalidade’. Que normalidade? A missa de sempre, o terço de sempre, as festas de padroeiro de sempre? É isso? Voltar à vidinha cotidiana pode parecer a escolha mais óbvia e prática. E as igrejas fechadas e o sofrimento sem fim de hoje em dia? Será que Deus está tentando nos dizer algo? Por que não pensar corajosamente, à semelhança de Jesus, numa igreja que, para além das celebrações, promove a paz, denuncia as injustiças e luta contra a exclusão? A crise da pandemia tem sua origem num sistema econômico baseado na lógica do lucro. Essa crise é velha, profunda. Está nos destruindo e devorando à luz do dia e não reagimos. Pior ainda é a aliança que se criou, entre políticos e religiosos. Eles utilizam a imagem de Cristo para legitimar um projeto de morte. Esta cegueira é o terreno

Café da Manhã dos Campeões é um livro brilhante sobre escrever e sobre o que representamos

Kurt Vonnegut reflete sobre si mesmo e sobre os Estados Unidos nos anos 70 sem poupar na acidez Café da manhã dos campeões  (Intrínseca, 2019) conta a história de Kilgore Trout, um escritor fracassado que é convidado para participar de um festival de arte na cidade de Midland, nos Estados Unidos. Por acaso, Dwayne Hoover, um empresário de sucesso, mora nessa mesma cidade. A gente acompanha tudo até o faditicio encontro desses dois. Enquanto o encontro não acontece, Kurt Vonnegut destila comentários ácidos sobre escrever, sobre os valores da sociedade norte-americana nos anos de 1970, racismo, capitalismo e sobre uma decadência social que parece nunca ter acabado. Como sociedade, tivemos um respiro aqui e ali, contudo, o livro de 1973, mais parece ter sido publicado ontem. Além disso, há o que eu considero mais relevante na história: o questionamento (ou a conclusão) sobre o que estamos fazendo aqui, qual o papel que representamos em relação ao funcionamento das coisas: o papel

Prêmio Machado de literatura vai oferecer R$ 100 mil em contratos de edição

Realizado pela DarkSide, serão cinco categorias com premiação de R$ 20 mil cada A editora  Darkside  anunciou que fará uma premiação para escolher textos e projetos originais brasileiros em diversas categorias, como contos, HQs e mais. Chamado de  Prêmio Machado Darkside , a competição tem cinco categorias:  Romance/Contos ,  Quadrinhos ,  Não ficção ,  Outras Narrativas  e  Desenvolvimento de Projeto . A categoria de Outras Narrativas envolve projetos de linguagem audiovisual como podcasts, teatro, música, roteiros, exposições virtuais, reportagens, ensaios, jogos, sem se limitar a estes exemplos. Para se inscrever nessa categoria, é possível enviar fotos e vídeos, ou outros materiais que ajudem a definir a proposta e justificar a escolha. A categoria de Desenvolvimento de Projeto é especialmente para projetos que ainda não estejam finalizados, e engloba propostas de romance, coletâneas, quadrinhos, jogos, realidade aumentada e mais. As obras devem ser cadastradas por um

Livro sobre o Cine Nazaré, último cinema de bairro ativo em Fortaleza, ganha lançamento virtual

Escrito por  Diego Barbosa ,  diego.barbosa@svm.com.br   Momento acontece nesta sexta-feira (10), às 16h, por meio do aplicativo Zoom; obra, de autoria da jornalista Julia Ionele, é publicada pelas Edições Inesp e narra os 79 anos de atuação e resistência do equipamento Pouco mais de oito décadas separam o instante atual do momento em que  Raimundo Carneiro de Araújo, conhecido como seu Vavá,  assistiu a um filme pela primeira vez. Foi em Fortaleza, no antigo Cineteatro São José, no Centro. As portas laterais do ambiente eram enormes, de modo que o menino, fugido de casa, se colocou numa posição em que era possível enxergar o que acontecia lá dentro. “Vi fotografias se mexendo, aquele pessoal passando na tela, os cowboys correndo... A minha paixão pelo cinema começou ali”, recorda o homem, cabelinho branco, de 89 anos. A mesma ânsia infantil de saber o que se passava naquele ambiente escuro, onde apenas uma enorme tela iluminava rostos e poltronas, também acompanhou a  jorn