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Mostrando postagens de março 9, 2019

Deserto: provações e desafios

Padre Geovane Saraiva* No Primeiro Domingo da Quaresma, os seguidores de Jesus de Nazaré são convidados a caminhar rumo ao deserto. Lá, são chamados a viver uma intensa experiência do amor de Deus, identificados com seu Mestre e Senhor, Ele que foi conduzido pelo Espírito de Deus ao deserto (cf. Lc 4, 1-13). É claro que o convite é feito, pelo próprio Deus, às pessoas de boa vontade, mas mergulhadas no silêncio próprio do período quaresmal, querendo de nós, comunidade dos batizados, a mais absoluta certeza: “Que todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido” (Rm 10, 11). Como seria maravilhoso se a Quaresma fosse, de verdade, no seu sentido mais pleno, um tempo enriquecedor! Poderia ocasionar em todos os cristãos um forte desejo, no sentido de vivenciar os prodígios da graça divina. Deus nos propõe caminharmos nessa direção, pois a estrada é longa, e enormes são os desafios de todos os seus seguidores. Somos provocados, à luz da Palavra de Deus, a nos manifestarmos

MULHER

Mais uma dia internacional da mulher foi comemorado. Um dia só para as mulheres, em que somos lembradas como seres especiais, a necessitar de um tratamento respeitoso, enquanto mães, filhas, avós e profissionais. Um dia perfeito para receber flores e homenagens. Em todo o mundo, eclodiram manifestações e até greves gerais foram convocadas a favor dos direitos das mulheres: pelo fim da desigualdade salarial para atividades idênticas desempenhadas por homens; por uma legislação capaz de assegurar uma justa punição aos feminicidadas e aos agressores de mulheres, em especial os companheiros; pelo fim da violência contra a mulher; pela igualdade de gênero em suas mais variadas vertentes, inclusive de poderem orar no Muro das Lamentações! As motivações são sempre as mesmas. Oxalá fossem outras. O fato é que, a despeito da evolução tecnológica e das conquistas científicas, o homem continua tão brutal quanto na era da caverna. Apesar das leis. Apesar das políticas públicas que aq

Clássico antiguerra, "Matadouro-Cinco", de Kurt Vonnegut, ganha edição comemorativa pela Intrínseca

Por  Dellano Rios,   dellano.rios@diariodonordeste.com.br   Sátira do autor americano é uma boa pedida para tempos cada dia mais sinistros Clássica representação do autorretrato de Kurt Vonnegut: influência do autor ecoa no mercado editorial brasileiro contemporâneo Kurt Vonnegut (1922 - 2007) achava fácil esboçar um autorretrato. Deixou centenas que, à primeira vista, podem parecer um amontoado de garranchos terminados em uma linha reta. Mas basta comparar com qualquer fotografia, de sua fase madura, para ver que tudo está lá: a  cabeleira cacheada e desgrenhada , a boca escondida sob o bigode, talvez sorrindo, e um dos milhares de cigarros que fumou da adolescência ao fim da vida. A graça do desenho se repete nas fotografias e também nas tramas criadas pelo autor, estando presente nos livros que escreveu e o fizeram famoso. Algo surpreendente para um homem que teve uma vida cravejada de tragédia, como ver a mãe se suicidar num Dia das Mães, pouco antes de embarcar pa

Ciranda poética

Por  Paulo Eduardo Mendes - Jornalista O caminho para joeirar literatura mais completo é o que enseja articular poesia. O jornalista e escritor Eduardo Fontes, autor que publica nesse mesmo espaço, sempre às quartas-feiras, tem o condão poético inerente à sua sensibilidade de esteta da palavra, no sentido de formatar versos nascido de inspiração pura para cantar poemas. É autor de títulos como “Cancioneiro de Mim”, “Devaneios” e o mais recente deles, “Ciranda Poética”. São livros que deságuam múltiplos em temas os mais variados. “Ciranda Poética” tem a luz certa entre a poesia e o poeta. Mostra a leveza para contar detalhes na cadência dos versejadores espontâneos. Eduardo Fontes assina mais um livro de poesia nesse labor jornalístico do lado sensível para brincar com as palavras em monumentos de harmonia capaz de suavizar seus enfoques das análises noticiosas. Poesia na declamação do lado humanístico de sonorização cadenciada. Vocação reconhecida em sua inclusão na Academia F