Pé. Geovane Saraiva* O dom da supremacia de Cristo, que, tendo morrido e ressuscitado pela redenção dos homens, encontra sua prova indizível e inexprimível, do ponto de vista da fé, na sua descida sobre os apóstolos, na tarde do domingo da Ressurreição. A subida do filho de Deus aos céus, com a promessa de estar contíguo ao Pai, tem um olhar imorredouro para a humanidade, enquanto esta se dispõe a caminhar, na esperança, rumo à eternidade, mas sem hesitar nem se atenuar em complacências. Eis, pois, o grande desafio, o da presença de Deus, numa íntima mística sem medida, ou excessiva, a ponto de confundi-la com a própria intimidade divina, afastando qualquer dúvida: “Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16, 20). Essa intimidade é o alento, ou sopro, oriundo do Espírito Santo de Deus, considerando seu impulso vital e fecundo, enquanto temível e misterioso, ao expressar o braço de Deus, como no
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza